(Foto: Louis Compte, Rio de Janeiro - 1840. Primeiro daguerreótipo tirado na América do Sul)
Antes da fotografia, o retrato pictórico era indício de classe social e praticamente uma exclusividade da aristocracia. Com a invenção do daguerreótipo em 1838, por Louis Jacques Daguerre (1787 - 1851), o retrato fotográfico ficou mais acessível àqueles que até então somente poderiam tê-lo em miniatura, pintados por artesãos em linhas duras e sem variantes tonais, ou em silhueta e mesmo em fisionotraço (imagem mecânica obtida a partir do desenho dos contornos do rosto transposto para uma gravura em metal).
Ao contrário do elitista daguerreótipo que se caracteriza por não ser copiável, os processos que permitiam a reprodução das matrizes, tais como o colódio (negativos em papel) e o colódio (solução que adere à materiais como vidro e metal); conhecidos também como ambrótipo e ferrótipo, respectivamente – tornaram possível a popularização do retrato fotográfico e a difusão da fotografia comercial.
Foi em 1854, com a invenção do formato cartão de visita pelo fotógrafo francês André Disdéri (1819-1889) que o retrato fotográfico se tornou dominante. Com a possibilidade de ter até 12 cópias de uma só tomada, o retrato baixou sensivelmente de preço e se tornou uma das mercadorias mais comercializadas no século 19, só encontrando concorrência no gosto público na estereoscopia, que foi utilizada principalmente para as cenas urbanas e de paisagens.
Com a ampla popularização do retrato por meio da invenção de Disdéri, um fenômeno correlato se desenvolveu: os retratos confeccionados como cartões visita viraram objetos colecionáveis exibidos em álbuns. As imagens das celebridades da época que ocupavam o segmento político, artístico ou econômico, podiam ser adquiridas em lojas, ou pelo correio e se tornaram tão próximas como os familiares e amigos que compunham os álbuns da classe média.
O retrato fotográfico propiciou uma falsa aproximação entre pessoas públicas e as massas populares, na medida em que todos eram iguais nas páginas de seus álbuns, bem como permitiu a aproximação de pessoas caras umas às outras, e que durante essa época transitavam do campo para as cidades, ou de um país para o outro.
Ao contrário do elitista daguerreótipo que se caracteriza por não ser copiável, os processos que permitiam a reprodução das matrizes, tais como o colódio (negativos em papel) e o colódio (solução que adere à materiais como vidro e metal); conhecidos também como ambrótipo e ferrótipo, respectivamente – tornaram possível a popularização do retrato fotográfico e a difusão da fotografia comercial.
Foi em 1854, com a invenção do formato cartão de visita pelo fotógrafo francês André Disdéri (1819-1889) que o retrato fotográfico se tornou dominante. Com a possibilidade de ter até 12 cópias de uma só tomada, o retrato baixou sensivelmente de preço e se tornou uma das mercadorias mais comercializadas no século 19, só encontrando concorrência no gosto público na estereoscopia, que foi utilizada principalmente para as cenas urbanas e de paisagens.
Com a ampla popularização do retrato por meio da invenção de Disdéri, um fenômeno correlato se desenvolveu: os retratos confeccionados como cartões visita viraram objetos colecionáveis exibidos em álbuns. As imagens das celebridades da época que ocupavam o segmento político, artístico ou econômico, podiam ser adquiridas em lojas, ou pelo correio e se tornaram tão próximas como os familiares e amigos que compunham os álbuns da classe média.
O retrato fotográfico propiciou uma falsa aproximação entre pessoas públicas e as massas populares, na medida em que todos eram iguais nas páginas de seus álbuns, bem como permitiu a aproximação de pessoas caras umas às outras, e que durante essa época transitavam do campo para as cidades, ou de um país para o outro.
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