terça-feira, 24 de julho de 2012


O mundo em macro

A macrofotografia apresenta algumas dificuldades técnicas, mas pode ser praticada em qualquer lugar. Saiba como fazer boas fotos nesta área.




          Primeiro, é importante ressaltar que o que muitos chamam de macro muitas vezes é proxi (aproximação ou close). A diferença entre as duas seria sem importância se não induzisse a implementação de técnicas bem complexas para a macrofotografia, que consiste em imagens cujo tamanho no sensor (ou filme) é maior que meia ou uma vez a real - e pode chegar a uma ampliação de 25 vezes. Até mais ou menos uma vez, não há necessidade de usar equipamentos mais especializados, com exceção de uma lente macro ou anéis e filtros específicos. E uma ampliação de até 0,3x (vez) é possível de ser obtida até com lentes comuns.
      Assim, a proxifoto é muito acessível e apresenta menos dificuldades técnicas que a macro. Existem muitas teles que oferecem um modo erradamente chamado de "macro". Existem muitas teles que oferecem um modo erradamente chamado de "macro", permitindo um nível de ampliação de 0,3x (1:4). Já é perfeito para realizar retratos fechados de várias flores e grandes insetos ou borboletas.

        

         Dificuldades

            Qualquer que seja o nível de ampliação, a primeira dificuldade para o fotógrafo é a falta de luz. De fato, passando do infinito a 0,5x, a luminosidade da lente diminui em um ponto. Essa diminuição chega a dois pontos para 1x. Ao mesmo tempo, a ampliação resulta em uma redução da profundidade de campo diminui quando se abre o diafragma, o que também é o melhor jeito de aumentar a quantidade de luz que chega ao sensor. Aí dá para perceber que fica complicado de encontrar o ajuste ideal. Assim, já que é necessário manter o diafragma suficientemente fechado (f/8 no mínimo, com câmera DSLR) para alcançar uma profundidade de campo aceitável, é preciso muita luz para macrofotografia.


      Uso de flash

         Sendo assim, é geralmente aconselhável completar a luz natural com uma fonte artificial. Daí a dificuldade é combinar adequadamente as fontes de luz naturais e artificiais. A luz ambiente (solar) vem da parte superior, deixando um dégrade do claro (em cima) para o escuro (em baixo). Por isso, a fonte artificial principal tem que vir de cima.
          É sempre melhor refletir a luz usando um refletor ou um rebatedor.


     Sensibilidade ISO

         Enfim, a sensibilidade ISO é outro parâmetro que permite compensar a falta de luz. Faça vários testes com sua câmera para saber qual a sensibilidade é possível ser usada sem prejudicar o resultado por causa do ruído (as DSLRs recentes aguentam valores altos sem causar muito ruído).
      E embora câmeras compactas não tolerem sensibilidades altas, rendem resultados ótimos em proxi, pois oferecem uma profundidade de campo maior, devido ao tamanho pequeno dos sensores.


     Nitidez e tamanho

         É importante destacar que a nitidez é uma percepção do olhar, e por isso depende do tamanho da imagem (ou seja, da ampliação). Assim, se não for ampliar muito a imagem (tipo A4, A3 ou mais), a margem de erro é maior e o fotógrafo pode conseguir resultados bons sem fechar tanto o diafragma para fotos de 15cm de largura (ou 800 pixels para visualizar na tela do computador).
 
        A profundidade de campo ideal é, antes de tudo, determinada pelo fotógrafo, que precisa saber se quer uma zona nítida muito estreita que se esconde num ambiente bem desfocado ou se quer um número maior de detalhes focados. Escolha feita, ajuste a abertura do diafragma para conseguir o resultado desejado. É possível conferir usando o botão de previsão de profundidade da sua câmera - caso ela tenha.


    Harmonia

         O principal objetivo do fotógrafo é dar ao tema um tratamento estético e não só registrá-lo. Por isso, é imprescindível dominar as técnicas de composição. A primeira dica (também o principal erro iniciantes) é não centrar o tema e deixar espaço na direção do olhar da ação para dinamizar a imagem. Assim, é preciso focar primeiro nos olhos do inseto ou no centro da flor, apertando o disparador até metade e reenquadrar antes de clicar.
         A harmonia também passa por uma imagem fácil de entender, onde o tema se destaca. Nesse caso, é importante escolher muito bem o fundo para ele não competir com o tema: o ideal é que seja bastante neutro e desfocado, a menos que você procure um efeito específico.
      O contraste entre nitidez e desfoque pode ser associado com oposições de texturas, combinações de formas e/ou jogos de cores estéticos. Você pode resolvê-lo associando cores opostas, o que destaca o tema ou, ao contrário, optanto por um ambiente monocromático interessante. O desfoque no fundo permite criar cores difusas que podem ser muito atraentes.

Fonte: Fotografe por Laurent Guerinaud