quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Primeiros flashes ..

Os primeiros flashes se comportavam como verdadeiras armas de fogo?

Adolf Miethe e Johannes Gaedicke são os responsáveis pelo primeiro flash, que data de 1887. Eles misturaram pó de magnésio a um agente oxidante. A mistura resultava em luminosidade intensa, estouros e fumaça. Até os flashes se tornarem seguros, muita gente se queimou.

Revista FHOX -outubro 2010.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A fotografia Preto & Branco

Algumas fotos nascem para serem em P&B, assim como existem fotos feitas para serem coloridas. Agora não utilizamos mais “filmes coloridos” e “filmes preto e branco”, afinal com a fotografia digital fazemos isso direto na pós produção. E qual é o melhor método? Lembre-se: nada do que está escrito aqui é regra absoluta, sempre vamos procurar saber onde devemos aplicar a regra e onde devemos ir totalmente contra. Quando transformar uma foto em preto e branco? O “efeito” de um só tom na fotografia pode ser adicionado para trazer drama, sobriedade, profundidade ou mistério a cena. Depois de transformarmos uma foto em escala de cinza podemos deixá-la puramente assim ou podemos recuperar um pouco das cores originais. Algumas fotos tem o impacto necessário quando estão inteiramente em P&B enquanto outras ficam muito mais bonitas se o efeito for mais discreto. Tudo depende do seu objetivo e do tipo de foto.
Nesta foto os tons originais estão discretamente presentes, deixando o P&B mais interessante.

Já essa foto foi feita com P&B puro. Sem cores para distair.

“Duotones”, tritones e quadtones: Às vezes olhamos fotos maravilhosas e pensamos: “Por que a minha foto P&B não fica assim?”. Pode ser que aquela foto não seja necessariamente preto e branco. Muitas vezes podemos utilizar outros tons (avermelhados, amarelados ou até tons mais frios) para criar um “P&B” que na realidade é um Duotone, Tritone ou Quadtone. Ou seja: ao invés de estar em “escala de cinza” a foto pode estar em “escala de PANTONE 7433 C” ou mais tons. Veja abaixo a diferença entre um P&B “normal” e um com o efeito de Tritone aplicado. Viu que belos efeitos pode-se criar?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dicas para fotografia Macro


Fotografar objetos ampliados significa conhecer um mundo em que a olho nu não percebemos. Procure observar os detalhes da natureza. Numa flor por exemplo podemos encontrar muitos detalhes diferentes, como o miolo, a textura das pétalas e das folhas, um inseto descansando na flor ou gotículas de orvalho formando uma bela imagem em contato com a pétala. Nos animais podemos focalizar os dentes de uma cobra, o olho de um gato, o desenho de uma asa de borboleta e as antenas de um besouro. A composição não costuma ser tão elaborada pois é o assunto principal da foto e não o ambiente. Para praticar comece com pedras, jóias, cristais, conchas, texturas de diversos materiais. Quanto a locais procure em parques, jardins e lugares próximo da cidade. Preste atenção nas formas e nas cores. Quase todas as câmeras reflex convencionais são equipadas com lente normal que permite a focalização mínima em torno de meio metro. Na fotografia macro é necessário uma maior aproximação e aumento da imagem. Isto só é possível com os chamados acessórios para macro, um tipo de fotografia especializado em pequenos objetos.

Vamos então a algumas dicas:
  • Use o flash se não houver luz suficiente, mas tenha cuidado pois a pouca distância o flash pode superexpor sua foto.
  • Use o flash de preenchimento, pois proporciona um efeito mais suave.
  • Se sua câmera não focar a uma distância muito curta, afaste-se um pouco e use o zoom óptico.
  • Use lentes close up. Isto pode ser uma boa alternativa caso sua câmera não possua o modo macro(representado por uma florzinha). A maioria das máquinas de hoje em dia já possuem esse modo mas o uso dessas lentes trará um resultado muito melhor.
  • Para preencher as possíveis sombras na imagem, use um pequeno cartão branco. Principalmente se você estiver fotografando sob a luz do sol ou qualquer outra fonte excessiva de luz.
  • Aumente o ISO, assim você usar uma velocidade de obturação mais rápida. Isso vai assegurar que suas imagens fiquem bem nitídas e vivas. Mas cuidado, aumento demais no ISO causa ruído na foto.
  • Faça uso do bom e velho tripé.
  • Sempre preencha todo o quadro da foto com o objeto para não sobrar espaço na foto e aumentar os detalhes.
  • Procure sempre lugares claros para poder usar aberturas menores e dar mais brilho e cor a fotografia.
  • Quanto mais plano o objeto maior será a área em foco.
  • Ajuste o foco sempre nos olhos dos insetos, nas plantas ajuste o foco numa área grande da imagem.
  • Cuidado com o movimento do vento, use uma proteção se possível.
  • Se necessário use o flash para congelar o movimento.
  • Cuidado com as pequenas sujeiras e com manchas nas flores, folhas e animais.
  • Use sempre o botão de profundidade de campo se sua câmera o possuir.
Comece a treinar seu olhar para enxergar as macros oportunidades e você irá se surpreender com as possibilidades que o mundo macro oferece!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Alça carrega bateria de câmera fotográfica com energia solar

A Yanko Design, empresa cuja maior especialidade é ter ideias, criou recentemente uma alça que serve ao mesmo tempo para transportar e carregar a bateria de câmeras fotográficas, utilizando energia solar.
Imaginada pelo designer Weng Jie, a alça de transporte de câmeras fotográficas é equipada com painéis solares que podem recarregar as baterias dos aparelhos, sempre que o usuário estiver ao sol. Na época das máquinas fotográficas de filme, quando a maior parte delas era alimentada por pilhas, a falta de carga era facilmente resolvida em qualquer loja de conveniência. Mas as pilhas comuns mostraram-se economicamente inviáveis com a chegada das câmeras digitais e foram substituídas por pilhas ou baterias recarregáveis de lítio.
Como nem tudo são flores, as baterias de lítio das câmeras modernas trouxeram um problema com o qual a Solar Camera Stripe pretende acabar: a falta de carga das baterias no meio de uma sessão de fotos. Nem sempre o fotógrafo é prevenido o suficiente para levar baterias de reserva (ou se as leva, esquece de recarregá-las na noite anterior) quando faz uma sessão de fotos externa, longe do estúdio.
A novidade é apenas um conceito e não tem previsão para entrar no mercado, especialmente porque ainda não foram inventados painéis solares suficientemente eficientes para recarregar a bateria da câmera, mesmo em algumas horas. A página do conceito na Yanko Design pode ser visitada pelo atalho tinyurl.com/YankoSolarStratp.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Steve Jobs anuncia iPhone 4



A Apple anunciou nesta segunda-feira durante a WWDC, conferência anual de desenvolvedores da companhia, em San Francisco, nos Estados Unidos, a nova versão do iPhone, simplesmente chamada de iPhone 4, com um novo design. Segundo Steve Jobs, executivo-chefe da Apple, que mostrou o aparelho no discurso de abertura do evento, "é o smartphone mais fino do mercado".

Trata-se do mesmo aparelho cujos detalhes já haviam sido mostrados em abril pelo site Gizmodo. As principais novidades externas são as duas câmeras, na frente e no verso do iPhone. Um aplicativo, Face Time, permitirá que as imagens de ambas apareçam na tela do aparelho.

O iPhone 4 conta com um novo desenho com acabamento em aço inoxidável e a tela em vidro, medindo apenas 9,3 mm de espessura (24% a menos que o iPhone 3GS). Nas suas configurações, mantém o 3G, GPS, Wi-Fi e Bluetooth, mas agora conta com um novo microfone para cancelamento de ruídos e câmera frontal para videochamadas.

A câmera traseira virá com um flash LED integrado, algo inédito em um iPhone. Como o iPad, o iPhone 4 usa o novo padrão microSIM para telefonia e dados, e usa um processador A4, desenvolvido pela própria Apple.

Jobs disse que o iPhone 4 terá uma tela que ele chamou de "retina display", que aumenta a densidade de pontos na tela em quatro vezes, aumentando a resolução (agora de 960 x 640 pixels) e facilita a leitura de textos na tela de 3,5 polegadas.

Além disso, o sistema operacional usado no iPhone 4, o iPhone OS, muda de nome e se transforma em iOS4, com 100 novos recursos e que terá sua versão final disponível aos desenvolvedores ainda hoje.

Nos Estados Unidos, onde será vendido inicialmente, o iPhone 4 será oferecido em duas cores (branco e preto), com preços sugeridos de US$ 199 (16 GB) e US$ 299 (32 GB). Os novos iPhones 4 chegam às lojas em 24 de junho nos Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Reino Unido, com pré-venda a partir de 15 de junho. Mais 18 países receberão o iPhone 4 em julho, e outros 24 em agosto, com demais 40 completando a lista em setembro.

O modelo iPhone 3G sai de linha, e o 3GS sofre uma redução de preço, para US$ 99 nos EUA com um contrato de dois anos com a operadora AT&T.

Bateria e câmera:

A bateria do novo iPhone, de acordo com Jobs, é um pouco maior do que a do iPhone anterior e consegue atingir até sete horas de conversação em 3G, seis horas de navegação em 3G, dez horas de vídeo e 40 horas de música, graças ao processador A4. A Apple incluiu um giroscópio no iPhone 4, para jogos e aplicativos que dependem de movimento.

A câmera do iPhone também ganhou uma atualização no iPhone 4: tem 5 megapixels de resolução, com zoom digital de 5x e capacidade de gravar vídeos em alta definição (720p). A Apple vai lançar junto com o novo aparelho o aplicativo iMovie para iPhone, capaz de editar vídeos no smartphone, inserir trilha sonora, fotos e renderizar o vídeo final no próprio aparelho. Vai custar US$ 4,99 na App Store.

Bing e multitarefa:

Uma das novidades no aparelho é que será multitarefa. Para demonstrar a nova opção - a impossibilidade de executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo sempre foi uma crítica para os smartphones da Apple e tambpém o iPad -, Jobs enviou o e-mail ao mesmo tempo em que ouvia uma música de Jack Johnson. Depois, navegou na internet.

Outra novidade: o Google deixou de ser o buscador exclusivo nos smartphones da Apple. Continua como o programa de buscas padrão, mas o iPhone incorporou o Bing, da Microsoft, e o Yahoo como opções. Desde o lançamento do Nexus One, smartphone do Google, em janeiro, foi especulado o fim da parceria com a Apple, que, contudo, foi mantida.

O anúncio ocorreu no centro de convenções Moscone West.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O estúdio da Hello Kitty


Uma combinação com tudo para dar certo. A Sanrio entrou com a personagem mundialmente conhecida, a Hello Kitty, enquanto a Noritsu com todo o "know-how" de fotografia e revelação. Assim surgiu a Hello Kitty Studio (http://www.hellokittystudio.com/). Com o acordo, as duas empresas querem criar uma nova cultura fotográfica e gerar interesse tanto em outros estúdios chineses quanto lançar unidades próprias pela China. Da mesma forma como ocorre no Brasil, muitas operações daquele país têm minilabs. Por lá também são muito comuns os estúdios de casamentos. Isso porque a fotografia de casamento faz parte da cultura dos chineses. Há também muita procura por álbuns no estilo book entre mulheres e jovens. Outro mercado que não para de crescer é o de retratos infantis. Até porque naquele país ainda existe a restrição de natalidade e os casais só podem ter um filho. Com isso, gastam mais com o único filho e valorizam datas especiais (com fotos). Pois é justamente nesses dois nichos que o Hello Kitty Studio avança. E quer atrair esses clientes com o charme da personagem e fazer com que os clientes tenham uma experiência fotográfica divertida. Deu certo. Tanto é verdade que são comuns casais que fazem sessões de noivado no estúdio. O mais forte são as sessões com crianças e adolescentes.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Curso de Fotografia do CEUNSP cria “Foto Trote”


Os veteranos do curso de Fotografia do CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio) não perdoaram os calouros de 2010. Mas ao invés de pintar os novos colegas ou promover brincadeiras nada saudáveis, eles usaram as habilidades adquiridas no curso para fazer caricaturas dos chamados “bixos”, transformando a recepção numa brincadeira criativa e bem-humorada.
Usando os equipamentos da Faculdade de Comunicação e Artes, os alunos fotografaram os novos colegas e manipularam as fotos através do programa Photoshop. O resultado, que ganhou o nome de “Foto Trote”, ficou tão bom que virou até exposição, na própria FCA, e tem atraído alunos de outras faculdades do CEUNSP.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Aprenda a recuperar arquivos deletados acidentalmente

Se você é mais um que excluiu arquivos importantes por engano, não se desespere. Aprenda, passo a passo, como trazê-los de volta do além cibernético.

Todo mundo já passou pela seguinte situação: resolve dar uma limpa em arquivos que não usa mais – sejam músicas, filmes, documentos ou imagens. Para ser mais prático, você apaga os arquivos diretamente com o comando Shift + Delete, que apaga definitivamente, sem mandar para a Lixeira.

De repente, você nota que o arquivo que acabou de ser deletado era algo importante e que você não gostaria de ter excluído. A primeira reação é o desespero, contudo, em alguns casos há uma solução bem simples.

Aprenda agora a recuperar arquivos apagados por engano com o Recuva, um dos mais respeitados softwares quando o assunto é recuperação de arquivos excluídos. É importante lembrar, porém, que nem todos os arquivos são recuperados com êxito. Alguns, inclusive, nem aparecem nos resultados da busca. De qualquer forma, não custa tentar.

Para baixar o programa e executá-lo passo-a-passo acesse o link:

www.baixaki.com.br/info/4122-apagou-sem-querer-aprenda-a-recuperar-arquivos-deletados-acidentalmente.htm

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dicas para fotografia de casamento

EQUIPAMENTO:
Tem um ditado que diz: “quem tem duas cameras tem uma e quem tem uma não tem nenhuma”. Procura levar duas cameras ao serviço. Se uma pifar na hora e não houver outra será um desastre. Lembre que você escolheu um tipo de foto de grande responsabilidade. Se usar digital e só tiver uma, busque comprar uma de filme, aprenda a usá-la e leve alguns rolos de filme junto. Enfim nunca leve só um equipamento, se não quiser correr o risco de ter sérios problemas no dia e depois do casamento. Baterias e pilhas de reserva. Filmes e cartões de memória a mais. Flashes, fotocélulas e cabos sobrando. Faça uma lista padrão do equipamento e principalmente cheque tudo ANTES de sair e não na véspera. Ninguém é prefeito e você pode esquecer algo. Lembre que você vai precisar de um equipamento que te dê um ângulo de cobertura equivalente a 28mm em filme. Fotos de grandes grupos, como família e padrinhos, em recintos pequenos são comuns. Cobertura de 24mm seria ideal. E veja se seus flashes iluminam toda imagem.
VOCÊ E A EQUIPE:
Escolha bons auxiliares, que saibam se concentrar e que tenham reponsabilidade para não sumirem no dia do evento e te deixarem na mão. Treine-os com antecedência, não só como se posicionar mas como se portar. Normalmente são jovens e precisam saber se portar com profissionalismo. Nada de conversinhas, paqueras e risadinhas no evento, principalmente na cerimônia. Comer na recepção. Eis algo que divide opiniões. Alguns obrigam a toda a equipe a uma abstinência total. Outros permitem um refrigerante, quando oferecido pelo garçom, lá pelo meio da recepção. Se for comer, só se conhecer o dono do buffet e ele por tudo em local reservado. Mas somente quando terminar o serviço e estiver naquela hora de “estar à disposição” do cliente para fotos eventuais. Use terno e gravata. Todos estarão assim e você tem que se misturar visualmente. Quem tem que chamar a atenção são os noivos. Os auxiliares poderão usar blusa de manga comprida com gravata. Tudo limpo, arrumado, discreto e elegante. Com o passar do tempo você conhecerá cerimonialistas, decoradores, cinegrafistas, donos de buffet, maquiadores, enfim profissionais que, como você, estão ali para ganhar o seu pão. As amizades irão surgir e no fim você verá que, mesmo sendo independentes, vocês estarão entrosados e trabalharão em conjunto para o êxito total do evento. Além de que poderá fazer parcerias do tipo “eu te indico, tu me indicas”. Faça fotos da decoração para uso do buffet, é um bom início de amizade profissional.
A CERIMÔNIA:
Procure saber com antecedencia quem fará o cerimonial. Desta forma você pode informar-se quanto ao desenrolar da cerimônia. Algumas são triviais, outras completamentes fora do convencional. Você e os auxiliares tem que fazer um planejamento prévio de posições e deslocamentos na hora da cerimônia. Se não conhecer o local é bom fazer uma visita antes. Os cerimonialistas fazem ensaios com os noivos no local. Comparecer será ótimo para definir o plano de trabalho. Com o passar do tempo você adquire prática e pode dispensar isto, com exceção dos cerimoniais muito elaborados. Nas entradas você pode fotografar de frente à quem entra ou um pouco deslocado para o lado, principalmente se tiver alguém filmando com tripé a partir do altar. Em locais apertados é inevitável que você atrapalhe um pouco o cinegrafista e ele a você, mas nada que o bom senso e a boa comunicação não resolvam. Nunca fotografe de pé, ao nível do olho. Procure agachar um pouco e manter a câmera na altura do tórax do fotografado. O ângulo deste nível é bem melhor. Fotografar as entradas de forma horizontal mostra mais a decoração. Na vertical centraliza a atenção e evita obstruções laterais. Tudo depende de gosto pessoal e do local. Evite fazer de forma diferente do que foi mostrado previamente ao cliente. Use velocidade de pelo menos 1/90. Nesta fase é preferível perder um pouco da luz ambiente em troca de imagens estáveis. Hoje em dia todo mundo leva compactas digitais aos eventos. Ter suas fotocélulas disparadas pelos intrusos é bem desagradável. Se possível use radio flash ou tenha certeza de seus flashes auxiliares estarem com carga ok. Se for um Metz é melhor pois carrega quase instantaneamente. Nos eventos cobertos pela imprensa este problema se agrava. Alguns fazem uma cobertura para a fotocélula ficar bem direcional, aí ela tem que ser apontada para seu flash. Um cuidado. Os flashes com cabeça de ângulo variável (zoom interno) costumam fechar a abrangência da luz, o que pode dificultar que a fotocélula seja disparada. Novamente o uso de flashes Metz com capa difusora minimiza este risco. No altar procuro ficar do lado em que a noiva está, desta forma nas fotos ela fica em primeiro plano. O noivo é coadjuvante e, sendo normalmente mais alto, não fica encoberto. Procure saber do cerimonial se na hora dos votos eles vão ficar de frente um para o outro, pois você tem que ir ao corredo e enquadrá-los juntamente com o padre e o altar. Na hora do beijo, idem. Se o padre for do tipo que fala muito pode dar tempo ir ao fundo da igreja fazer uma panorâmica do altar. Se for de cima melhor ainda. Cuidado onde pisa. O vestido longo da noiva e o véu, caso pisados pode ocorrer grande desastre. Saiba se o celebrante permite sua estada próximo a ele no altar. Celebrações em religiões que você não conhece possuem momentos importantes que não podem ficar sem registro. O cerimonial pode lhe alertar de tudo. Alguns cerimonialistas ficam um pouco arredios se tiverem indicado um fotógrafo que foi preterido. Busque a cordialidade e o diálogo diplomata para quebrar barreiras. Pergunte antes aos noivos se querem que fotografe a entrada dos padrinhos. Normalmente não querem. Não perca a entrada dos pais nem deixe de fotografar a noiva saindo do carro. Se a noiva e as daminhas estiverem posicionadas na entrada de fora da igreja não perca esta foto. No altar um auxiliar seu pode ficar no lado oposto, ao lado do cinegrafista, pondo uma luz que sendo um ponto mais forte delineará os rostos e iluminará bem o noivo, a despeito da roupa escura. Outro auxiliar faz luz de fundo. Fotografar só com a luz de seu flash é meio complicado. Você terá que usar baixa velocidade (1/30 ou 1/15) e grande abertura(2.8) para captar luz ambiente e não deixar o fundo todo preto. O problema é que irá captar também a luz da filmagem e terá que corrigir o tom amarelado depois. O ideal são dois auxiliares fazendo luz de fundo, um de cada lado da igreja. Mesmo tendo escolhido um lado você pode se deslocar, se houver espaço e fazer umas fotos do outro lado. Uma hora boa é a do sermão porque você não perde um momento importante enquanto se desloca. Gosto de fazer umas fotos dos noivos (com filme ISO200) sem flash, com abertura 2.0 ou 2.8 a 1/60. Pego toda luz ambiente, o foco fica centralizado e tudo num tom amarelado que fica belíssimo no papel metálico. O ideal é que a luz da filmagem fique vindo do lado oposto do altar, você pega o angulo do lado sombreado. Isso pode ser feito também nas pose dos noivos. Umas duas fotos com aberturas diferentes é suficiente. Faça uma foto em grande angular pegando toda a igreja e se possível os noivos. Uma 24mm(em filme) é ideal.Após a cerimônia os noivos viram para os convidados e são apresentados. Esteja no corredor. Uma foto ali com pais e celebrante também é comum. Veja se vão lançar pétalas nos noivos no fim do corredor, esteja pronto e pegue o beijo feito ali. Uma dica final. Na cerimônia é FUNDAMENTAL que você fique de olho na carga de bateria do equipamento e na memória do cartão (ou número de fotos do filme) para não precisar trocar em um momento crucial. Já perdi algumas fotos de fim de filme para não arriscar ficar sem na hora errada. Veja se vão jogar arroz na saída e esteja lá. Quando os noivos estiverem no carro, peça licença ao motorista, sente no banco da frente e , com grande angular faça umas três fotos deles no banco de trás. Se os noivos quiserem uma cobertura totalmente em estilo fotojornalismo seja honesto e só aceite se souber realmente fazer. Conste a solicitação no contrato para evitar depois a cobrança de fotos clássicas que não foram pedidas. Mesclar os estilos é o ideal. Faça o obrigatório nas fotos tradicionais e use a criatividade nas fotos casuais e improvisadas.
A RECEPÇÃO:
O ideal com relação à noiva é que você realize suas fotos antes da cerimônia. Se a mesma se arrumar no buffet e o mesmo estiver com a decoração pronta é o melhor. Closes, fotos de corpo inteiro e tudo que ela tiver pedido, olho nas provinhas. Na recepção você ganha tempo pois só fará grupos e fotos do casal. A noiva deve estar sempre com o bouquet em mãos. O cerimonial deve se encarregar em organizar os padrinhos e parentes. Se não houver cerimonial você vai ter que fazer isso e pedir ajuda de uma parente dos noivos. Já vi cerimonialista quere mandar no fotógrafo e impor as poses das fotos. Mostre educadamente que é você que irá dirigir os noivos e que já acertou com eles previamente as fotos que fará. Noivos impacientes precisam ser avisados de duas coisas: depois vão cobrar de você fotos que não tiveram paciencia de tirar e de que depois de tudo terminado só sobram as fotos e a filmagem. Seja profissional mas educado e cordial. Os melhores fotógrafos procuram ser simpáticos, objetivos e rápidos. Nas fotos de grupos faça duas de cada grupo, isto minimiza os olhos fechados. Faça sempre: pais juntos e separados(do noivo e da noiva), padrinhos de cada lado(do noivo e da noiva), avós, irmãos, melhores amigos, tios, noiva só com a mãe e só com o pai e se o noivo quiser umas fotos só dele (é meio esquisito mais tem quem gosta). Isto tudo no local principal para fotos de grupos. Normalmente na mesa do bolo. Se os arranjos forem altos aí só na frente da mesa nos grupos grandes. Cuidado com espelhos. Procure usar locais alternativos para grupos e poses. Nos grupos coloque os casais ordenados, com o corpo voltado um pouco para os noivos (na diagonal) para ganhar espaço. Cuidado com mãos fora do lugar (homens no bolso) ou braços sobre ombros. Nas fotos informais, na bagunça com os amigos vale tudo. Não perca a valsa dos noivos nem os mesmos em sua mesa preparada de jantar (antes de começarem a comer, claro). O brinde no bolo pode ser feito de vários angulos bem como o corte do bolo(olhando para o bolo e olhando para a camera—não corte o bolo no enquadramento). Não deixe de fazer as fotos do casal para fazer fotos de convidados que sempre aparecem pedindo. Explique que faz quando terminar com os noivos. Nas poses faça fotos com a noiva ou noivos olhando para o horizonte à sua direita ou esquerda. Fotos olhando só para a máquina ficam repetitivas. Nos livros você vê dicas de composição e como evitar erros grosseiros como posição errada dos olhos. Use a iluminação de forma criativa. Faça poses pegando corpo inteiro e mostrando todo véu do vestido bem aberto no chão. Lembre que as fotos serão ampliadas e tudo que no visor parece pequeno ficará bem grande no álbum. Quando a noiva jogar o bouquet fique de frente pra ela e ponha os auxiliares pegando as amigas. Clique quando o bouquet estiver no ar. Nos grupos evite cortar as penas no local errado. Estude os planos fotográficos para evitar erros. Se observar o trabalho dos profissionais aprenderá vendo. Sobre uso de flash: Você perde pelo menos uns dois pontos de luz ao rebater no teto, por isso cuidado pois as cores ficam mais suaves mas não podem ficar sem vida pois perde toda beleza e fica muito diferente de alguma foto com luz direta feita no mesmo evento (nesta hora uma objetiva fixa clara faz diferença - com uma 28 você obteria um ângulo próximo ao de uma normal); se for fotografar a menos de três metros do assunto (ângulo de 50mm), esqueça, vai dar sombra nos olhos, nariz e pescoço e vc pode ter a metade superior da foto bem exposta e a metade inferior subexposta; cuidado com teto colorido ou com sanca e lustres atrapalhando o caminho da luz, teto de lambri nem pensar. A qualidade ótica da objetiva faz uma diferença danada com relação à luz. Você fotografa com uma Zeiss de Hassel a f:16 com luz direta e obtém uma imagem linda, suave, que os americanos chamam de creamy. O tamanho do filme faz muita diferença mas a ótica também faz. Por isso o pessoal usa luz direta com cameras 120 e o pessoal do 35mm tem que rebater para ter uma imagem suave. Creio que essa suavidade o digital tem com mais facilidade, até mesmo por causa do pós processo, já as altas luzes estourando só com rebatedor, difusor na cabeça do flash e/ou luz para o teto. Agora é só praticar!

terça-feira, 20 de abril de 2010

As mais belas fotografias de natureza



A Liga Internacional de Fotógrafos pela Conservação (ILCP, na sigla em inglês) selecionou as 40 imagens consideradas mais belas fotografias de natureza de todos os tempos.

Muitas das imagens serão vendidas durante um leilão organizado pela Christie's, em Nova York, para marcar o 40º Dia da Terra.

O leilão terá os lucros divididos entre quatro organizações ambientais: Conservation Internacional (CI), Oceana, Natural Resources Defense Council e Central Park Conservancy.

Para saber mais acesse http://www.ilcp.com/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fotografia em 3D

O ano começa com muitas novidades na indústria 3D. Afinal, televisão, cinema, games e eletrônicos, todos acreditam no potencial dessa nova forma de se divertir. A fotografia, seja na captura, edição, ou saída, será também relevante nesse jogo.

No ramo, quem saiu na frente foi a Fujifilm com a solução completa. Tudo começou no ano passado quando a empresa lançou a primeira compacta digital 3D, a FinePix Real 3D. Além do modelo, também lançou um porta-retrato com a tecnologia. E agora a fabricante japonesa, anunciou a impressora, chamada 3D Print System, voltada a fotógrafos de eventos, parques temáticos, cruzeiros e pontos turísticos.

Para o fotógrafo profissional, seja qual for a área, oferecer uma foto em 3D tem primeiramente o caráter de novidade. E o que é novo sempre representa maior valor de venda. Uma fototela tridimensional, algumas páginas no book de estúdio, ou do álbum de casamento. Ou quem sabe aquela foto de formatura com o canudo saltando da imagem?

Tudo indica um caminho sem volta, afinal são grandes marcas investindo na integração da novidade.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fotógrafos registram festival de cores de lesmas marinhas

Lesmas marinhas dos mais variados tipos colorem o fundo do mar da Indonésia e das Filipinas

Os fotógrafos britânicos David e Debi Henshaw capturaram o show de cores e formas inusitadas de várias espécies de lesmas marinhas nos mares da Indonésia e das Filipinas, em duas viagens separadas, realizadas em abril e novembro do ano passado.

Em entrevista à BBC Brasil, Debi contou que "é divertido caçá-las e de fato é difícil encontrá-las". "Mas depois que as encontramos, é fácil tirar a foto, porque elas quase não se movem ou se movem muito devagar", completou.

Os casal britânico começou a fotografar a vida marinha há cerca de oito anos. De acordo com Debi, este é "um hobby levado muito a sério" por eles, tanto que agora suas viagens são financiadas com o dinheiro ganho em diferentes prêmios de fotografia.

Além da região asiática, o casal já registrou em suas imagens a vida marinha do Caribe. David e Debi moram atualmente na ilha de Minorca, arquipélago das Ilhas Baleares, território espanhol.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Franceses criam maior foto do mundo com panorâmica de Paris

Dois fotógrafos franceses e uma empresa de informática criaram uma foto panorâmica em 220º de Paris com 26 bilhões de pixels que, segundo eles, seria a maior imagem digital do mundo.

A fotografia em altíssima resolução ocuparia dois estádios de futebol caso fosse impressa, afirmam os autores do projeto Paris 26 Gigapixels.

Para compô-la, os fotógrafos Arnaud Frich e Martin Loyer tiraram 2346 fotos da capital francesa, que foram reunidas em uma só imagem por um programa de computador criado pela empresa Kolor.

A partir da foto panorâmica de 220º exposta no site do projeto, o internauta pode aproximar a imagem para ver em detalhes vários locais turísticos importantes da capital francesa, enquanto escuta como trilha sonora a música do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

As principais referências parisienses, como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre e o monumento Grand Palais podem ser vistas na imagem. Também é possível clicar sobre esses pontos para obter algumas informações sobre sua história e arquitetura.

A altíssima resolução da foto, superior à do site Google Earth, também permite que se observe placas de ruas, objetos nas vitrines e detalhes das roupas de algumas pessoas que aparecem nas imagens.

Com base nisso, os autores do projeto incluíram algumas "surpresas" na foto para divertir os internautas, que precisam vasculhar a imagem para encontrá-las.

Entre as "surpresas", há animais exóticos nos telhados parisienses e brincadeiras que fazem alusão à região da Haute-Savoie, nos Alpes, onde fica a sede da Kolor. O internauta poderá localizar, por exemplo, um queijo Reblochon, típico da região, sobre uma mesa em uma rua de Paris.

O projeto
Rami Tohme, porta-voz da Kolor, disse à BBC Brasil que as fotos foram realizadas em setembro do ano passado em menos de três horas. Mas o projeto inteiro levou dois anos para ser realizado.

"Não é uma foto revolucionária do ponto de vista artístico, mas ela tem o mérito de oferecer uma vista excepcional da cidade em alta resolução", disse um dos autores da imagem, o fotógrafo Arnaud Frich, especialista em fotos panorâmicas e visitas virtuais de Paris.

Frich utilizou duas câmeras colocadas sobre uma plataforma motorizada feita sob medida para o projeto Paris 26 Gigapixels para tirar as mais de 2 mil fotos.

Seu parceiro, o fotógrafo Martin Loyer, visitou inúmeros telhados parisienses para escolher o local ideal para que as fotos fossem tiradas: o cobertura da igreja Saint-Sulpice, no bairro de Saint-Germain-des-Près.

"Essa foto mostra as possibilidades que existem com as técnicas para reunir imagens com altíssima resolução. Isso representa um avanço em relação às visitas virtuais", disse Tohme.



quinta-feira, 4 de março de 2010

Fotógrafo submerso fotografa leões

Uma revista da BBC divulgou imagens feitas por um fotógrafo sul-africano que passou mais de 11 dias ao longo de três meses mergulhado até o pescoço em um lago no Quênia para documentar animais tomando água.

Greg du Toit, de 32 anos, estava determinado a conseguir imagens de leões bebendo. Para isso, tentou durante um ano o melhor enquadramento criando esconderijos e cavando buracos nas imediações de lagos.

Insatisfeito com os resultados, ele concluiu que só alcançaria seu objetivo se mergulhasse na água. Então, ao longo de três meses, Toit passou no total 270 horas, ou mais de 11 dias, com água até o pescoço, deixando apenas a cabeça e as mãos para fora.

Como resultado, além das fotos de leões, zebras, javalis, babuínos e muitos pássaros africanos, o fotógrafo contraiu uma série de doenças tropicais, como malária e esquistossomose. Toit passou meses de cama para se recuperar.

O resultado de sua inusitada estratégia de fotografia foi publicado na edição de março da revista BBC Wildlife.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

10 Dicas para capturar boas imagens em apresentações musicais


Fotografar um show é uma experiência que atrai muitos fotógrafos iniciantes. Estar diante de um astro ou estrela da música, aproveitar o cenário , explorar o jogo de luz, congelar as expressões dos músicos... São situações que podem gerar belas imagens. Mas também desafiam quem não tem experiência na área. Por isso, é fundamental estar muito atento à fotometria, o tempo todo, e ter um bom equipamento em mãos.Naturalmente, ninguém acerta todas as fotos. Nem mesmo os fotógrafos mais vividos. Para quem está começando, o número de erros é muito maior que o de um profisional com anos de "janela" na especialidade. No entanto, pode ter certeza que o "fera" também já errou bastante até aprender algumas "manhas" para fotografar shows musicais e outros espetáculos em que há uma constante variação de luz.Usar filmes adequados à baixa luminosidade, saber se posicionar para fugir do contraluz e obter o máximo que a lente oferece são alguns dos macetes básicos para diminuir o percentual de erros. Assim, o objetivo destas dicas é fazer com que você queime etapas, perca menos tempo e filmes para conseguir boas fotos de shows. Mas tenha claro que é um jogo de erros e acertos. E só com a prática é que se evolui.

1 - Fotometria no modo spot (pontual): O fundo geralmente escuro que se usa em shows é um obstáculo para a exposição correta. Mas procure esquecer o fundo e concentrar-se no artista, iluminado pontualmente em sua movimentação no palco. O modo "spot" (pontual) é o ideal para essa finalidade, pois a medição de luz é feita exatamente em cima do que se deseja. Normalmente, escolhe-se o rosto para a medição. O ajuste pode ser manual ou com ajuda dos modos de prioridade de abertura ou de velocidade. O importante é ter rapidez e controle da situação, o tempo todo.

2 - Quais lentes usar: Não há restrições para a imaginação: desde teleobjetivas, que flagram expressões e detalhes, a até uma grande angular olho-de-peixe, que possa dar uma idéia da dimensão do espetáculo. Uma zoom é muito útil para que você não perca "aquele momento especial" por fazer uma troca de lente em hora errada... De um modo geral, o ideal é optar por lentes luminosas (f/1.4, f/2 ou f/2.8), bem mais caras. São grandes aliadas no momento de focalizar, permitindo disparos com velocidades mais altas, já que não é raro registrar um show durante todo tempo com o diafragma em abertura máxima. Por isso, cada ponto a mais que a objetiva puder abrir é muito bem recebido. Mas dá para trabalhar com lentes f/3.5, f/4 ou até f/5.6, pois pode-se usar um filme mais sensível, como o de ISO 1600.

3 - Filmes recomendados: Lembre-se: filmes negativos oferecem maior latitude de exposição (2 ou até 3 pontos, para + ou -). Portanto, é possível corrigir erros do fotógrafo na ampliação. Já os cromos (slides) exigem mais atenção na fotometria, pois como têm baixa latitude de exposição (1,5 ponto para + ou -), não toleram erros.Coloridos ou p&b, prefira filmes rápidos, de ISO 400 para cima (800, 1600 e 3200). A granulação aumentará o quanto maior for o ISO, na maioria dos casos. Mas só será percebida em grandes ampliações (a partir do tamanho 20 x 25 cm).O grão também será maior quando for necessário "puxar" o filme na revelação. Caso, por exemplo, do palco estar muito mal iluminado e o filme de ISO 400 não "dar conta". Então a câmera deverá ter o ISO ajustado para 800 ou 1600, +1 ou +2 pontos a mais. Porém, certifique-se antes que o seu laboratório faz revelação puxada e informe o ISO original e para quanto foi alterado. Um negativo de ISO 400 pode ser puxado para até 6400, se for preciso. O grão, naturalmente, aumentará bastante.

4 - Mistura de luz: Não é recomendável o uso de flash em shows. Muitas vezes não é permitido. E mesmo quando o é, corre-se o risco de "matar" a iluminação de cena por uma sobrecarga indevida do flash. Mas há casos em que o uso é justificável, como para suavizar as sombras nos olhos causadas por um ângulo infeliz dos canhões de luz. Para não se sobrepor à luz ambiente, o flash pode ser regulado para 1 ponto abaixo (fill flash ou de preenchimento).

5 - Posicionamento do fotógrafo: Quando se fotografa um show, há basicamente dois lugares para ficar: os que possuem credencial tem acesso ao "fosso", uma área entre o público e o palco, mais baixo que este e restrito para a imprensa. Os demais ficam no meio do público, sujeito a brigar com as cabeças à frente - com alguma sorte, dá para enquadrar um plano geral único do espetáculo. Mas o acesso garantido de uma credencial de fotojornalista ainda não é tudo: uma vez no fosso, é preciso desviar das caixas de retorno que adoram entrar em quadro assim como pedestais de microfone que insistem em ficar em primeiro plano.

6 - Faça testes: É aconselhável variar o modo de trabalhar para garantir o resultado final e também como forma de escolher o melhor jeito de obter mais acertos:o Alternar o uso de programas de exposição automáticos com o controle manual de diafragma e obturador.O Utilizar a rapidez do autofocus ou confiar no "instinto", focalizando manualmente. O Experimentar diferentes marcas e tipos de filmes.O "Puxar" na revelação, mesmo quando não é preciso, para conhecer as diferenças de contraste e granulação, avaliando a relação custo-benefício da operação. o Experimentar pequenos ajustes, como fazer bracketing para conseguir uma melhor resultado ao fotografar artistas de pele negra.

7 - Erros a evitar: Começando pelo equipamento, evite lentes escuras e prefira as mais luminosas possíveis e acessíveis para o seu bolso. Esqueça filmes lentos como ISO 100 ou 200, que impossibilitam o trabalho por falta de sensibilidade à pouca luz. Na pior das hipóteses, é possível usar um filme ISO 200 puxado para 400 ou 800.Flash superexposto mata a iluminação do ambiente e em muitos shows é proibido. Em relação ao tripé, muitos fotógrafos preferem deixá-lo em casa pelo "trambolho" que ele representa, atrapalhando a movimentação e posicionamento.

8 - Fotometria no modo ponderado central: Se sua câmera possui apenas o modo de fotometria "ponderado central" (center weighted), use a objetiva (ou a posição do zoom) mais longa disponível para a medição, trocando-a em seguida se quiser, mas mantendo a mesma regulagem de velocidade e abertura.No caso de não ter nem modo "spot" nem meia-tele ou tele (80, 105, 135, 200 mm...), meça com a normal (50 mm) superexpondo 1 ponto (+1). O modo "matricial" não é recomendável, salvo em casos de fundos extremamente iluminados. A cada mudança de luz, faça uma nova medição.

9 - Enquadramento: A composição dos pontos de luz com os demais elementos ajudam a "emoldurar" o quadro, não deixando vazios ou espaços sem informação. Não só o vocalista principal e/ou um plano geral merecem a atenção da objetiva. É importante reparar na movimentação que se segue. Percussionistas, backing vocals e outros músicos podem render flagrantes interessantes e inusitados... Além de ampliar opções, cada instrumento musical tem um apelo estético em uma foto.

10 - Contraluz: O contraluz acontece muito, principalmente em grandes shows. A enorme quantidade de canhões de luz, seqüenciadores e toda parafernália de iluminação, tornam-se perigosos contraluzes, às vezes fortíssimos.Na fotometria via TTL da câmera pode ocorrer uma subexposição do assunto principal. Para se prevenir, é possível medir a luz no modo manual nos intervalos de contraluz e manter o ajuste nos momentos de ocorrência da mesma. Ou então usar a trava de exposição nos modos de prioridade de velocidade ou abertura. Pára-sol nas lentes ajuda a minimizar este risco.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Câmera Compacta com lentes intercâmbiáveis


A PMA 2010, evento que reúne fabricantes de equipamentos e fotógrafos do mundo todo, começou ontem em Anaheim (Califórnia) com modelos de câmeras um tanto diferentes demonstrados pela Sony: a companhia japonesa levou protótipos de câmeras compactas que trocam de lente e que não têm previsão de lançamento.

A Sony deu poucos detalhes sobre o conceito de suas novas câmeras. Em sua definição oficial, é o "modelo conceitual de uma câmera digital com lentes intercambiáveis com a qualidade de uma câmera DSLR em um corpo extraordinariamente pequeno, junto com suas lentes".

Esses protótipos usam um sensor de imagem Exmor APS HD CMOS, também capaz de registrar vídeos em alta definição. Segundo a fabricante, essa câmera conceitual pode vir um dia a fazer parte da família Alpha da Sony.

Além da câmera, a Sony demonstra uma lente supertelescópica (500 mm F4) e uma grande-angular (24 MM F2) feita pela Carl Zeiss. É a técnologia revolucionando!


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que todos devem saber sobre câmeras

Conversar com um nerd em câmeras – ou mesmo ler sobre novas câmeras – pode parecer como tentar entender um idioma totalmente diferente. Mas não precisa ser assim! Aqui, neste exato post, está tudo de que você precisa saber sobre câmeras, mas sem o ruído.


Quando você compra uma câmera, você é apedrejado com especificações de um vendedor, muitas das quais são confusas, ou mesmo enganosas. Você então sente vontade de se agachar e cobrir a sua cabeça para protegê-la. Ele vai continuar metralhando você com dados e mais dados. E, pra sermos sinceros, ele precisa fazer isso – tabelas de especificações e jargões são parte integrante do marketing de câmeras, pelo menos por ora. Eis o que tudo aquilo significa, em uma única relação prontinha pra você.


Tipos de câmeras
Antes de você sair para comprar uma nova câmera, ou mesmo apenas para conhecer a sua um pouco melhor, você precisa saber a diferença entre os tipos distintos de câmeras. Eis os mais frequentes pelos quais você cruzará:

Point-and-shoot: também conhecidas por câmeras compactas. Se você não sabe qual tipo de câmera você está procurando, ou qual o tipo que você possui, provavelmente é uma destas. Elas são do menor estilo de câmera que existe, geralmente – pelo menos nos últimos anos – tendendo para um formato de caixote em sua maior parte sem grandes recursos. A lente não é removível. A unidade de flash é embutida. Elas têm telas LCD na parte traseira, não apenas para ver as fotos tiradas, mas para usar como visor também. Quando você aperta o botão do obturador de uma point-and-shoot, existe um ligeiro retardo antes da foto ser de fato registrada. Muitas novas câmeras point-and-shoot gravam vídeo e algumas até conseguem gravar em HD.

Câmeras bridge/superzoom: estas câmeras geralmente se parecem com DSLRs, mas não se engane! Elas são apenas point-and-shoots bombadas. Elas muitas vezes virão com lentes mais alongadas e especificações ligeiramente mais impressionantes que a sua point-and-shoot média, além de dar a você uma flexibilidade fotográfica um pouco maior pra brincar. Infelizmente, elas sofrem do mesmo retardo na hora de tirar fotos, ou “lag de obturador”, que as point-and-shoots. O problema das câmeras ‘bridge’ (de transição), especialmente agora, é que para você conseguir uma boa você precisa gastar pelo menos algumas centenas de dólares, e com isso você já consegue uma....

DSLR: esta sigla desajeitada significa ‘Digital Single-Lens Reflex’, ou Câmera Digital de Reflexo por Lente Única. Pra encurtar, isto significa que a câmera possui um mecanismo de espelho que permite que os fotógrafos vejam por meio das lentes da câmera enquanto ajusta a foto, e que ela se abre, expondo o sensor da imagem (o equivalente ao filme em uma câmera digital). Num sentido mais amplo, isto significa que a câmera terá lentes intercambiáveis, um sensor maior que uma point-and-shoot e, até certo ponto, mais controles de imagem. Quando você aperta o botão do obturador em uma DSLR, ela tira a foto instantaneamente – nenhum lag, como nas point-and-shoot. Muitas DSLRs novas de preço médio a alto gravam vídeo em HD, algumas conseguem 720p, algumas conseguem até 1080p, mas todas dão resultados bastante impressionantes, boa parte em função das lentes das câmeras. Dito isso, elas não estão exatamente prontas ainda para substituir câmeras filmadoras específicas porque, entre outros fatores, nenhuma DSLR até hoje consegue acertar direito este lance de foco automático durante gravação de vídeo.


Estas são as câmeras que os fotógrafos, ou pessoas que se chamam de fotógrafos, mais usam.



Elas também são as capazes de tirar as melhores fotos.Como via de regra, as DSLRs são mais caras que as point-and-shoots. Mas elas têm ficado mais baratas a cada dia que passa. Muito, muito mais baratas. Olympus, Nikon, Pentax e Sony todas têm DSLRs que podem ser compradas por menos de 500 dólares – e estas são câmeras de verdade – que acabam deixando toda a categoria de câmeras ‘bridge’ um tanto quanto inúteis.



Micro Four Thirds/Telêmetro Digital: as câmeras Micro Four Thirds são câmeras de lentes intercambiáveis com a remoção do visor que enxerga diretamente através das lentes que define uma DSLR. Em outras palavras, elas têm sensores grandes como as DSLRs, têm lentes intercambiáveis como as DSLRs, mas usam uma tela LCD de visor como uma point-and-shoot. Isto economiza espaço dentro da câmera, o que significa que – pelo menos esta é a teoria – ela pode ser mais portátil que uma DSLR equivalente ao mesmo tempo em que mantém a mesma versatilidade e qualidade de imagem. A maior parte delas grava vídeo também, e são bem boazinhas nisso: elas não têm o sistema complexo de visor/espelho de uma DSLR, então tecnicamente é mais simples gravar vídeo. Algumas destas câmeras têm o estilo de uma DSLR, como a Panasonic Lumix DMC-G1, enquanto outras são mais semelhantes a câmeras portáteis, como a Olympus EP-1.




Por enquanto, esta é uma categoria pequena, os preços ainda estão nas alturas, começando a partir de 750 dólares. A Panasonic e a Olympus são basicamente as únicas que existem no momento.



SENSORES


O sensor é a parte da câmera que de fato registra a imagem. Em outras palavras, ele é a sua câmera.



Megapixels e resolução de imagem: megapixels têm sido o foco do marketing de câmeras digitais desde o princípio (parece um termo tão anos 90, não é?). Um megapixel, em resumo, é um milhão de pixels. Se uma imagem (ou sensor) de um megapixels for perfeitamente quadrada, ela teria 1000x1000 pixels. Elas geralmente são retangulares, com proporções 4:3 ou 3:2, o que significa que suas resoluções ficam mais ou menos assim: 2048x1536 pixels para uma câmera de 3 megapixels; 3264x2448 pixels para uma câmera de 8 megapixels, e por aí vai.
Conforme as câmeras digitais amadurecem, este número tende a significar cada vez menos – é fácil atolar uma câmera de megapixels, mas sem boa óptica e sensibilidade à luz, isto não significa que ela produzirá imagens limpas e de alta qualidade com resolução tão alta. O meu celular tira foto com 5 megapixels, mas as imagens parecem screenshots de alguma espécie tosca de programa de caça a fantasmas. A minha DSLR já tira a 10,1 megapixels, mas produz imagens com mais do dobro de nitidez e clareza que o meu telefone. A minha point-and-shoot tem taxa nominal de 12,1 megapixels, mas se olharmos com atenção, as suas imagens são efetivamente mais borradas que as da DSLR.


Se você estiver planejando fazer impressões enormes, ou se você precisa cortar bastante as suas imagens, um alto valor de megapixels é necessário, mas além de certo limite os retornos são mínimos. Você lerá muitas instruções dos fabricantes de câmeras sobre quantos megapixels você precisará para imprimir fotos de diferentes tamanhos, mas você pode ignorar tudo isso porque estes valores parecem mudar a cada geração de câmeras. A menos que você esteja imprimindo outdoors, ou em revistas e publicações do gênero, não se esquente muito com isso.
Além de indicar quantos pontos uma câmera é capaz de capturar, megapixels podem ser um indicador bastante útil de quão antigas podem ser as entranhas de uma câmera. O valor de megapixels tem aumentado de maneira relativamente constante ao longo dos anos, então dentro de uma linha de câmeras de um determinado fabricante, mais megapixels pode vir a significar sensores mais novos, o que pode, junto com alta resolução, tirar fotos mais ricas e com menos ruído.


ISO: isto indica quão rapidamente o sensor da sua câmera coleta luz – quanto maior o ISO, mais sensível é a sua câmera à luminosidade e de menos luz você precisa parar tirar uma foto. E apesar de alta capacidade de ISO ser bastante útil em baixa iluminação, este índice é também útil quando você está tirando exposições extremamente velozes durante o dia, como durante uma partida esportiva. No entanto, com ISOs mais altos, mais se tem ruído – algumas câmeras point-and-shoot anunciam ter ISOs extremamente altos, na casa dos 6400. Tomadas com esta sensibilidade invariavelmente ficarão uma merda. DSLRs, que possuem sensores maiores e são melhores na captação de luz, podem às vezes tirar fotos com ISO 6400 e até maior sem muito ruído.

Talvez ajude pensar da seguinte maneira: índices de ISO são na verdade uma alusão aos tempos de filme fotográfico. Você costumava ter que antecipar como você tiraria a sua foto e comprava o filme baseado na sensibilidade dele, indicado pelo “número de ASAs” (que nada tinha a ver com asas, mas como era a velocidade do filme, todo mundo achava que sim). Estes valores acabaram sendo transportados para as câmeras digitais, apesar do filme ter sido substituído por sensores.
De todo modo, não compre uma câmera somente por causa do seu índice ISO, porque existe uma boa chance de suas duas ou três maiores configurações serem completamente inúteis.

CCD e CMOS:
Existem dois grandes tipos de sensores de imagem para câmeras digitais e filmadoras: CCD (dispositivo de carga acoplada) e CMOS (semicondutor metal-óxido complementar, às vezes também conhecido como sensor de pixel). Nós não vamos entrar muito a fundo nas diferenças mais geek porque você realmente não precisa saber ou mesmo se importar com isso. O que você deve saber é que as SLRs de nível mais alto (as câmeras grandes com lentes removíveis) usam CMOS porque é mais fácil fazer sensores CMOS maiores; o os telefones móveis o fazem porque o CMOS usa menos energia. Dito isso, a maioria das câmeras point-and-shoot e a maioria das filmadoras usam o sensor CCD, que é mais comum.

As coisas estão um tanto diferentes agora e os CCDs são comuns nas DSLRs atualmente. A diferença para os consumidores é mínima – não se assuste de ver qualquer um deles nas especificações da sua câmera. ATUALIZAÇÃO: como disseram alguns leitores do post original, esta afirmação não está inteiramente correta: as DSLRs ainda contam mais com sensores CMOS, inclusive a maioria das câmeras mais potentes e recentes. De todo modo, ainda é mais um fato curioso do que um argumento de compra mesmo, pelo menos para a maior parte das pessoas.


Equilíbrio de branco: você já viu imagens em ambientes fechados que são total e inexplicavelmente laranjas? Isto é um problema de equilíbrio de branco. A sua câmera é capaz de ajustar-se para compensar diferentes temperaturas de cor – iluminação de tungstênio têm aquela tonalidade laranja, já a luz do Sol deixa as suas fotos azuladas – e corrigir a cor da sua imagem de acordo com a iluminação. Virtualmente todas as câmeras permitem que você ajuste o equilíbrio de branco com configurações já prontas, apesar de ser melhor você fazê-lo manualmente mesmo.

Tamanho de sensor e fator de corte: algumas câmeras possuem sensores que são aproximadamente do mesmo tamanho de filme 35mm, com 36x24mm. Estas são chamadas câmeras full frame. Elas tendem a ser mais caras – como as séries 5D e 1D da Canon, ou as D3 da Nikon – e seus corpos tendem a ser um pouco maiores. Basicamente equipamento profissional ou semiprofissional.
Por outro lado, sensores APS-C são o que tem em quase todas as DSLRs básicas. Estes sensores têm aproximadamente 22x15mm, o que é significativamente menor que o sensor de uma full frame. E por que isto importa? Sensores maiores proporcionam mais espaço para cada pixel, o que os torna melhores na captação de luz. No entanto, mais importante para os usuários de APS-C é o fator de corte. Um sensor menor captará uma seção menor do que vem pela lente, ou seja, uma lente de 200mm em uma DSLR full frame torna-se uma lente de 300mm em uma câmera APS-C, uma de 50mm torna-se uma de 75mm, etc. Logicamente, os fabricantes de câmeras fazem lentes específicas para APS-C que são projetadas para os sensores menores, mas os comprimentos focais relacionados não são ajustados – eles ainda são valores equivalentes aos de 35mm. Só fique atento porque toda lente tira fotos diferentes de um tipo de câmera para outro.




Óptica


Lentes removíveis: existem, em geral, dois tipos de lentes removíveis. As que afastam e aproximam a imagem, que são chamadas de lentes "zoom", e as que não se movem. Estas são chamadas de lentes "primes". Elas são todas classificadas pelo comprimento focal. Em termos mais estritos, o comprimento focal se refere à distância necessária para um sistema de lentes focar na luz. Em termos reais, o comprimento focal é aproximadamente correlacionado ao comprimento físico da lente e ajuda a indicar quanto uma lente amplia uma imagem. Um comprimento focal de 18mm em uma DSLR é considerado amplo, já 200mm ou mais seria considerado uma lente telefoto.




Lentes point-and-shoot e o Fator X: o segundo número mais divulgado do irritante rol de recursos da sua point-and-shoot é o fator de zoom. Ele será expresso como um número e um 'x' depois: 5x, 10x, etc. Você verá um alcance impresso, algo como 5.0-25mm, que descreve o comprimento focal da lente. Eis um truque: divida o maior dos comprimentos focais pelo menor. O resultado deve ser igual ao seu nível 'x' de zoom, porque, digamos, ele só indica isso mesmo: o quociente entre o comprimento máximo da lente e o comprimento mínimo.
Esta indicação é enganosa. Montada na mesma câmera, uma lente que aproxima de 50mm para 100mm seria chamada de lente 2x, enquanto uma lente que aproximasse de 18mm para 54mm seria chamada de lente 3x, mesmo que, na sua distância máxima, ela não desse zoom tão longe quanto a lente 50-100mm faz no seu nível mínimo. Leve esta equação em consideração quando estiver comparando point-and-shoots, mas o mais importante mesmo é testá-la. Você perceberá a diferença.



Obturador, velocidade de obturador e lag de obturador: o seu obturador é aquela portinha que se abre entre a sua lente e o seu sensor, permitindo a exposição fotográfica. As faixas de velocidade de obturador são propagandeadas com a intenção de querer dizer que a câmera será útil nas duas extremidades: da longa exposição de 10 segundos à tomada ultraveloz de 1/4000 segundo. Tenha em mente, para ambos os valores, que a velocidade do obturador por si só não garante nada. Se a sua câmera puder tirar fotos a 1/4000 segundo mas tiver uma abertura pequena e baixo índice ISO, as suas fotos provavelmente ficarão muito escuras.
Lag de obturador é totalmente outra coisa. Sabe quando você usa uma point-and-shoot e tem aquele retardo frustrante entre o momento que você aperta o botão e quando a foto de fato é tirada? É isso. Quanto menor o lag do obturador, melhor, apesar de muitos fabricantes de câmeras nem se importarem em anunciar este valor.


Abertura: este é o buraco pelo qual a luz passa após ter passado por parte da sua lente e antes de chegar ao seu sensor. Quanto maior a abertura, mais luz entra. Quanto menor a abertura, menos luz entra. Aberturas maiores permitem que você tire fotos em situações de baixa luminosidade, mas permitem que você foque em um plano fino – ou o seu fundo ou a frente da imagem ficará fora de foco. Aberturas menores permitem que você mantenha mais do cenário em foco, mas permitem que menos luz entre e requerem tempos de exposição maiores. As aberturas são descritas por f-números – são a razão entre a largura de uma abertura e o comprimento focal de uma lente. Quanto menor o número, maior a abertura.


Zoom digital vs. óptico: outro algoz do comprador de câmeras é o zoom digital. O óptico é a ampliação feita pela sua lente – em outras palavras, é o verdadeiro zoom. O zoom digital é apenas a sua câmera pegando uma imagem com zoom óptico e a ampliando, como você o faz no Photoshop. É útil apenas para colocar fotos em quadro em às vezes ajuda você a manter o foco adequado da sua câmera. Fora isso, é apenas uma besteirinha: ignore-o, tire fotos amplas e corte-as depois.


Estabilização de imagem, ou antitremedeira: a estabilização de imagem está rapidamente se tornando um recurso padrão até mesmo nas câmeras mais baratas, mas você consegue encontrar umas point-and-shoots abaixo de 150 dólares sem isso. A ideia da estabilização de imagem é corrigir os movimentos da sua câmera durante uma exposição, algo que gera tomadas borradas.

Existem dois tipos: a estabilização de imagem digital, que você encontrará em sua maioria nas point-and-shoots, corrige a imagem por software e pode ser relativamente eficaz, apesar de os resultdos serem apenas toleráveis, não perfeitos. A estabilização de imagem óptica fisicamente move parte da sua câmera para compensar a tremedeira. Em algumas câmeras, como Nikons e Canons, as partes móveis ficam nas lentes. Nas DSLRs da maioria dos demais fabricantes, é o sensor que de fato se move para estabilizar a imagem. A estabilização de imagem óptica quase sempre funciona melhor, mas não é mágica – você não conseguirá fotografar uma exposição de quatro segundos de constante movimentação só porque ela está ligada, mas você talvez consiga manter as coisas estáveis por meio segundo ou um pouco mais. existem, em geral, dois tipos de lentes removíveis. As que afastam e aproximam a imagem, que são chamadas de lentes "zoom", e as que não se movem. Estas são chamadas de lentes "primes". Elas são todas classificadas pelo comprimento focal. Em termos mais estritos, o comprimento focal se refere à distância necessária para um sistema de lentes focar na luz. Em termos reais, o comprimento focal é aproximadamente correlacionado ao comprimento físico da lente e ajuda a indicar quanto uma lente amplia uma imagem. Um comprimento focal de 18mm em uma DSLR é considerado amplo, já 200mm ou mais seria considerado uma lente telefoto.



Software

Modos, Detecção de Rosto, Detecção de Sorriso: os modos da sua câmera são ferramentas de assistência, não recursos reais. Eles são geralmente apenas seleções para configurações que você pode ajustar sozinho, como as opções pré-prontas de equalizador do seu iPod. Elas podem ser úteis, mas você será um fotógrafo melhor se mexer você mesmo nas suas configurações.

Novamente, a detecção de rosto e sorriso são como muletas. A detecção de rosto adivinha quando há um humano na foto para que a câmera possa ajustar exposição, equilíbrio de branco e foco de forma que o tal humano não saia borrado. A detecção de sorriso é um algoritmo meio cru que mede as expressões faciais e não tira foto até os objetivos serem julgados como estando SUFICIENTEMENTE CONTENTES, ou seja, até eles terem bocas vagamente em formato de crescente. É uma boa maneira de certificar-se de que ninguém arruinará uma foto com uma careta. Além disso, ajuda a garantir que nenhuma das suas fotos será interessante.

Formatos de imagem: a sua câmera digital não possui filme, mas as suas fotos precisam ir para algum lugar. Nas câmeras de hoje, as fotos armazenadas digitalmente ficam ou em arquivos JPEG ou RAW. Arquivos JPEG são compactados, o que significa que eles são codificados de maneira a não ocuparem muito espaço, mas perdem uma pequena quantidade de qualidade. É assim que quase sempre as point-and-shoot armazenam as imagens e também geralmente como as DSLRs armazenam suas imagens por default.

Se os JPEGs são como impressões de fotos (não são, mas acompanhe o raciocínio), então arquivos RAW são como os negativos digitais (na verdade, um popular formato RAW, o .DNG, basicamente significa "digital negative", ou negativo digital). Arquivos RAW contêm quase exatamente o que o seu sensor registrou, o que significa que você pode alterar valores como exposição, equilíbrio de branco e coloração depois de tirar a foto, até um certo nível surpreendentemente alto. Parece até trapaça! Mas tem um ponto negativo: arquivos de imagens maiores. E, dependendo do tipo de arquivo RAW – diferentes fabricantes de câmeras possuem diferentes tipos – você pode vir a precisar de um software especial para visualizar e editar as suas fotos. Tire em RAW sempre que puder e compre uma câmera que permita que você o faça.

Trata-se de um enorme recurso.
Como bônus, a maioria das câmeras que grava em RAW também permite que você grave arquivos RAW e JPEG simultaneamente, assim você terá um arquivo leve e pronto para imprimir ou baixar pro computador, além de uma fonte RAW para edição posterior. Precisa de uma tonelada de espaço, mas poxa, espaço é barato atualmente. Gaste uma graninha em um cartão de memória um pouquinho maior e viva a sua vida.


Vídeo: a maior parte das novas câmeras, inclusive algumas DSLRs, grava vídeo. Mas só porque a sua câmera tira instantâneos com 10 megapixels não significa que ela gravará nem remotamente perto desta resolução algo em movimnto. A resolução padrão para a maioria das câmeras point-and-shoot é VGA – isto dá apenas 640x480 pixels de vídeo, o que é suficientemente bom para YouTube – enquanto DSLRs e algumas point-and-shoots melhorzinhas filmam em 720p ou em 1080p, que já são resoluções HD, traduzindo-se, respectivamente em 1280x720 pixels e 1920x1080 pixels.



Armazenagem


Câmeras point-and-shoot geralmente vêm com uma pequena quantidade de armazenagem onboard. Tenho certeza absoluta de que isto é para que a sua câmera tecnicamente funciona assim que você a compra, fazendo com que a inevitável compra de espaço extra de armazenagem pareça ser apenas uma questão de opção e menos uma questão de taxa obrigatória. De todo modo, com qualquer câmera você precisará comprar alguma memória, ou espaço de armazenagem.

Ainda existem alguns formatos periféricos de cartão memória perambulando por aí (Sony, você poderia encarecidamente acabar de vez com a vida miserável do Memory Stick Pro? Valeu!), mas apenas dois importam.

SD: também visto como SDHC, ou SDXC, estes carinhas são o cartão a se escolher para câmeras point-and-shoot and 'bridge', e também em algumas DSLRs mais recentes. Eles são pequenos, funcionam bem e existem em praticamente qualquer capacidade que você poderia querer. Quase. A maioria das câmeras é compatível apenas com o SDHC, um padrão que tem como capacidade máxima 32GB. Já o SDXC, a próxima evolução do padrão SD, tem um máximo teórico de 2TB. No entanto, praticamente nenhuma câmera suporta este formato ainda.

Compact Flash: estes cartões são mais volumosos, podem vir a ser mais rápidos e são mais duráveis, além de comicamente menos propensos a sofrer danos devido a temperatura e condições climáticas. São estes que você encontrará em DSLRs.


Taxas de velocidade: os cartões de memória vêm em diferentes velocidades. Estas são anunciadas de inúmeras maneiras diferentes, mas por nenhum motivo aparente. Você verá um par de números na maioria dos cartões, na sintaxe "133x". Ignore-os – eles são inflados, desregulados e, portanto, basicamente sem sentido. O que você deve buscar nos cartões SD é a sua Classe, de 1-6.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Marcos Serra Lima o fotógrafo Paparazzo

Marcos começou a carreira como paparazzo independente das celebridades (Carolina Dieckmann, Luana Piovani, e por aí vai). Com sua persistência acabou sendo contratado para a revista Quem Acontece, onde aprendeu quase tudo que sabe hoje em dia. Após dois anos de experiência, foi convidado a trabalhar para a revista Época, onde permaneceu até 2006. Neste ano então, entrou para o site Ego, onde assumiu a função da editoria de fotografia, a qual exerce atualmente e paralelamente em o Globo.com. Além de toda esta bela carreira, desde 2008 é ele quem faz os ensaios fotográficos para o site Paparazzo!
Aos 29 anos, Marquinhos - como é chamado, formado em Jornalismo na PUC-RJ, acredita que o verdadeiro fotógrafo nunca deve desgrudar de sua câmera, seja na praia, no ônibus, ou no estádio de seu time favorito. Muitas dessas fotos cotidianas vão parar no seu blog, o Dois Cliques (colunas.ego.globo.com/doiscliques) que mantém no portal da Globo, como forma de extravasar - também em palavras, sua forma de pensar a vida.
Seu blog, que começou a um ano e meio, como uma espécie de diário, hoje é um espaço de discussão entre fotógrafos amadores e amantes da fotografia. Nele, Marcos dá dicas, faz concursos fotográficos semanais entre os leitores e conta bastidores das fotos que faz. Em 2008 foi indicado como um dos 5 melhores blogs do ano. As beldades fotografadas também costumam aparecer em seu blog para elogiar o resultado do rapaz.