quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

10 Dicas para capturar boas imagens em apresentações musicais


Fotografar um show é uma experiência que atrai muitos fotógrafos iniciantes. Estar diante de um astro ou estrela da música, aproveitar o cenário , explorar o jogo de luz, congelar as expressões dos músicos... São situações que podem gerar belas imagens. Mas também desafiam quem não tem experiência na área. Por isso, é fundamental estar muito atento à fotometria, o tempo todo, e ter um bom equipamento em mãos.Naturalmente, ninguém acerta todas as fotos. Nem mesmo os fotógrafos mais vividos. Para quem está começando, o número de erros é muito maior que o de um profisional com anos de "janela" na especialidade. No entanto, pode ter certeza que o "fera" também já errou bastante até aprender algumas "manhas" para fotografar shows musicais e outros espetáculos em que há uma constante variação de luz.Usar filmes adequados à baixa luminosidade, saber se posicionar para fugir do contraluz e obter o máximo que a lente oferece são alguns dos macetes básicos para diminuir o percentual de erros. Assim, o objetivo destas dicas é fazer com que você queime etapas, perca menos tempo e filmes para conseguir boas fotos de shows. Mas tenha claro que é um jogo de erros e acertos. E só com a prática é que se evolui.

1 - Fotometria no modo spot (pontual): O fundo geralmente escuro que se usa em shows é um obstáculo para a exposição correta. Mas procure esquecer o fundo e concentrar-se no artista, iluminado pontualmente em sua movimentação no palco. O modo "spot" (pontual) é o ideal para essa finalidade, pois a medição de luz é feita exatamente em cima do que se deseja. Normalmente, escolhe-se o rosto para a medição. O ajuste pode ser manual ou com ajuda dos modos de prioridade de abertura ou de velocidade. O importante é ter rapidez e controle da situação, o tempo todo.

2 - Quais lentes usar: Não há restrições para a imaginação: desde teleobjetivas, que flagram expressões e detalhes, a até uma grande angular olho-de-peixe, que possa dar uma idéia da dimensão do espetáculo. Uma zoom é muito útil para que você não perca "aquele momento especial" por fazer uma troca de lente em hora errada... De um modo geral, o ideal é optar por lentes luminosas (f/1.4, f/2 ou f/2.8), bem mais caras. São grandes aliadas no momento de focalizar, permitindo disparos com velocidades mais altas, já que não é raro registrar um show durante todo tempo com o diafragma em abertura máxima. Por isso, cada ponto a mais que a objetiva puder abrir é muito bem recebido. Mas dá para trabalhar com lentes f/3.5, f/4 ou até f/5.6, pois pode-se usar um filme mais sensível, como o de ISO 1600.

3 - Filmes recomendados: Lembre-se: filmes negativos oferecem maior latitude de exposição (2 ou até 3 pontos, para + ou -). Portanto, é possível corrigir erros do fotógrafo na ampliação. Já os cromos (slides) exigem mais atenção na fotometria, pois como têm baixa latitude de exposição (1,5 ponto para + ou -), não toleram erros.Coloridos ou p&b, prefira filmes rápidos, de ISO 400 para cima (800, 1600 e 3200). A granulação aumentará o quanto maior for o ISO, na maioria dos casos. Mas só será percebida em grandes ampliações (a partir do tamanho 20 x 25 cm).O grão também será maior quando for necessário "puxar" o filme na revelação. Caso, por exemplo, do palco estar muito mal iluminado e o filme de ISO 400 não "dar conta". Então a câmera deverá ter o ISO ajustado para 800 ou 1600, +1 ou +2 pontos a mais. Porém, certifique-se antes que o seu laboratório faz revelação puxada e informe o ISO original e para quanto foi alterado. Um negativo de ISO 400 pode ser puxado para até 6400, se for preciso. O grão, naturalmente, aumentará bastante.

4 - Mistura de luz: Não é recomendável o uso de flash em shows. Muitas vezes não é permitido. E mesmo quando o é, corre-se o risco de "matar" a iluminação de cena por uma sobrecarga indevida do flash. Mas há casos em que o uso é justificável, como para suavizar as sombras nos olhos causadas por um ângulo infeliz dos canhões de luz. Para não se sobrepor à luz ambiente, o flash pode ser regulado para 1 ponto abaixo (fill flash ou de preenchimento).

5 - Posicionamento do fotógrafo: Quando se fotografa um show, há basicamente dois lugares para ficar: os que possuem credencial tem acesso ao "fosso", uma área entre o público e o palco, mais baixo que este e restrito para a imprensa. Os demais ficam no meio do público, sujeito a brigar com as cabeças à frente - com alguma sorte, dá para enquadrar um plano geral único do espetáculo. Mas o acesso garantido de uma credencial de fotojornalista ainda não é tudo: uma vez no fosso, é preciso desviar das caixas de retorno que adoram entrar em quadro assim como pedestais de microfone que insistem em ficar em primeiro plano.

6 - Faça testes: É aconselhável variar o modo de trabalhar para garantir o resultado final e também como forma de escolher o melhor jeito de obter mais acertos:o Alternar o uso de programas de exposição automáticos com o controle manual de diafragma e obturador.O Utilizar a rapidez do autofocus ou confiar no "instinto", focalizando manualmente. O Experimentar diferentes marcas e tipos de filmes.O "Puxar" na revelação, mesmo quando não é preciso, para conhecer as diferenças de contraste e granulação, avaliando a relação custo-benefício da operação. o Experimentar pequenos ajustes, como fazer bracketing para conseguir uma melhor resultado ao fotografar artistas de pele negra.

7 - Erros a evitar: Começando pelo equipamento, evite lentes escuras e prefira as mais luminosas possíveis e acessíveis para o seu bolso. Esqueça filmes lentos como ISO 100 ou 200, que impossibilitam o trabalho por falta de sensibilidade à pouca luz. Na pior das hipóteses, é possível usar um filme ISO 200 puxado para 400 ou 800.Flash superexposto mata a iluminação do ambiente e em muitos shows é proibido. Em relação ao tripé, muitos fotógrafos preferem deixá-lo em casa pelo "trambolho" que ele representa, atrapalhando a movimentação e posicionamento.

8 - Fotometria no modo ponderado central: Se sua câmera possui apenas o modo de fotometria "ponderado central" (center weighted), use a objetiva (ou a posição do zoom) mais longa disponível para a medição, trocando-a em seguida se quiser, mas mantendo a mesma regulagem de velocidade e abertura.No caso de não ter nem modo "spot" nem meia-tele ou tele (80, 105, 135, 200 mm...), meça com a normal (50 mm) superexpondo 1 ponto (+1). O modo "matricial" não é recomendável, salvo em casos de fundos extremamente iluminados. A cada mudança de luz, faça uma nova medição.

9 - Enquadramento: A composição dos pontos de luz com os demais elementos ajudam a "emoldurar" o quadro, não deixando vazios ou espaços sem informação. Não só o vocalista principal e/ou um plano geral merecem a atenção da objetiva. É importante reparar na movimentação que se segue. Percussionistas, backing vocals e outros músicos podem render flagrantes interessantes e inusitados... Além de ampliar opções, cada instrumento musical tem um apelo estético em uma foto.

10 - Contraluz: O contraluz acontece muito, principalmente em grandes shows. A enorme quantidade de canhões de luz, seqüenciadores e toda parafernália de iluminação, tornam-se perigosos contraluzes, às vezes fortíssimos.Na fotometria via TTL da câmera pode ocorrer uma subexposição do assunto principal. Para se prevenir, é possível medir a luz no modo manual nos intervalos de contraluz e manter o ajuste nos momentos de ocorrência da mesma. Ou então usar a trava de exposição nos modos de prioridade de velocidade ou abertura. Pára-sol nas lentes ajuda a minimizar este risco.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Câmera Compacta com lentes intercâmbiáveis


A PMA 2010, evento que reúne fabricantes de equipamentos e fotógrafos do mundo todo, começou ontem em Anaheim (Califórnia) com modelos de câmeras um tanto diferentes demonstrados pela Sony: a companhia japonesa levou protótipos de câmeras compactas que trocam de lente e que não têm previsão de lançamento.

A Sony deu poucos detalhes sobre o conceito de suas novas câmeras. Em sua definição oficial, é o "modelo conceitual de uma câmera digital com lentes intercambiáveis com a qualidade de uma câmera DSLR em um corpo extraordinariamente pequeno, junto com suas lentes".

Esses protótipos usam um sensor de imagem Exmor APS HD CMOS, também capaz de registrar vídeos em alta definição. Segundo a fabricante, essa câmera conceitual pode vir um dia a fazer parte da família Alpha da Sony.

Além da câmera, a Sony demonstra uma lente supertelescópica (500 mm F4) e uma grande-angular (24 MM F2) feita pela Carl Zeiss. É a técnologia revolucionando!


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O que todos devem saber sobre câmeras

Conversar com um nerd em câmeras – ou mesmo ler sobre novas câmeras – pode parecer como tentar entender um idioma totalmente diferente. Mas não precisa ser assim! Aqui, neste exato post, está tudo de que você precisa saber sobre câmeras, mas sem o ruído.


Quando você compra uma câmera, você é apedrejado com especificações de um vendedor, muitas das quais são confusas, ou mesmo enganosas. Você então sente vontade de se agachar e cobrir a sua cabeça para protegê-la. Ele vai continuar metralhando você com dados e mais dados. E, pra sermos sinceros, ele precisa fazer isso – tabelas de especificações e jargões são parte integrante do marketing de câmeras, pelo menos por ora. Eis o que tudo aquilo significa, em uma única relação prontinha pra você.


Tipos de câmeras
Antes de você sair para comprar uma nova câmera, ou mesmo apenas para conhecer a sua um pouco melhor, você precisa saber a diferença entre os tipos distintos de câmeras. Eis os mais frequentes pelos quais você cruzará:

Point-and-shoot: também conhecidas por câmeras compactas. Se você não sabe qual tipo de câmera você está procurando, ou qual o tipo que você possui, provavelmente é uma destas. Elas são do menor estilo de câmera que existe, geralmente – pelo menos nos últimos anos – tendendo para um formato de caixote em sua maior parte sem grandes recursos. A lente não é removível. A unidade de flash é embutida. Elas têm telas LCD na parte traseira, não apenas para ver as fotos tiradas, mas para usar como visor também. Quando você aperta o botão do obturador de uma point-and-shoot, existe um ligeiro retardo antes da foto ser de fato registrada. Muitas novas câmeras point-and-shoot gravam vídeo e algumas até conseguem gravar em HD.

Câmeras bridge/superzoom: estas câmeras geralmente se parecem com DSLRs, mas não se engane! Elas são apenas point-and-shoots bombadas. Elas muitas vezes virão com lentes mais alongadas e especificações ligeiramente mais impressionantes que a sua point-and-shoot média, além de dar a você uma flexibilidade fotográfica um pouco maior pra brincar. Infelizmente, elas sofrem do mesmo retardo na hora de tirar fotos, ou “lag de obturador”, que as point-and-shoots. O problema das câmeras ‘bridge’ (de transição), especialmente agora, é que para você conseguir uma boa você precisa gastar pelo menos algumas centenas de dólares, e com isso você já consegue uma....

DSLR: esta sigla desajeitada significa ‘Digital Single-Lens Reflex’, ou Câmera Digital de Reflexo por Lente Única. Pra encurtar, isto significa que a câmera possui um mecanismo de espelho que permite que os fotógrafos vejam por meio das lentes da câmera enquanto ajusta a foto, e que ela se abre, expondo o sensor da imagem (o equivalente ao filme em uma câmera digital). Num sentido mais amplo, isto significa que a câmera terá lentes intercambiáveis, um sensor maior que uma point-and-shoot e, até certo ponto, mais controles de imagem. Quando você aperta o botão do obturador em uma DSLR, ela tira a foto instantaneamente – nenhum lag, como nas point-and-shoot. Muitas DSLRs novas de preço médio a alto gravam vídeo em HD, algumas conseguem 720p, algumas conseguem até 1080p, mas todas dão resultados bastante impressionantes, boa parte em função das lentes das câmeras. Dito isso, elas não estão exatamente prontas ainda para substituir câmeras filmadoras específicas porque, entre outros fatores, nenhuma DSLR até hoje consegue acertar direito este lance de foco automático durante gravação de vídeo.


Estas são as câmeras que os fotógrafos, ou pessoas que se chamam de fotógrafos, mais usam.



Elas também são as capazes de tirar as melhores fotos.Como via de regra, as DSLRs são mais caras que as point-and-shoots. Mas elas têm ficado mais baratas a cada dia que passa. Muito, muito mais baratas. Olympus, Nikon, Pentax e Sony todas têm DSLRs que podem ser compradas por menos de 500 dólares – e estas são câmeras de verdade – que acabam deixando toda a categoria de câmeras ‘bridge’ um tanto quanto inúteis.



Micro Four Thirds/Telêmetro Digital: as câmeras Micro Four Thirds são câmeras de lentes intercambiáveis com a remoção do visor que enxerga diretamente através das lentes que define uma DSLR. Em outras palavras, elas têm sensores grandes como as DSLRs, têm lentes intercambiáveis como as DSLRs, mas usam uma tela LCD de visor como uma point-and-shoot. Isto economiza espaço dentro da câmera, o que significa que – pelo menos esta é a teoria – ela pode ser mais portátil que uma DSLR equivalente ao mesmo tempo em que mantém a mesma versatilidade e qualidade de imagem. A maior parte delas grava vídeo também, e são bem boazinhas nisso: elas não têm o sistema complexo de visor/espelho de uma DSLR, então tecnicamente é mais simples gravar vídeo. Algumas destas câmeras têm o estilo de uma DSLR, como a Panasonic Lumix DMC-G1, enquanto outras são mais semelhantes a câmeras portáteis, como a Olympus EP-1.




Por enquanto, esta é uma categoria pequena, os preços ainda estão nas alturas, começando a partir de 750 dólares. A Panasonic e a Olympus são basicamente as únicas que existem no momento.



SENSORES


O sensor é a parte da câmera que de fato registra a imagem. Em outras palavras, ele é a sua câmera.



Megapixels e resolução de imagem: megapixels têm sido o foco do marketing de câmeras digitais desde o princípio (parece um termo tão anos 90, não é?). Um megapixel, em resumo, é um milhão de pixels. Se uma imagem (ou sensor) de um megapixels for perfeitamente quadrada, ela teria 1000x1000 pixels. Elas geralmente são retangulares, com proporções 4:3 ou 3:2, o que significa que suas resoluções ficam mais ou menos assim: 2048x1536 pixels para uma câmera de 3 megapixels; 3264x2448 pixels para uma câmera de 8 megapixels, e por aí vai.
Conforme as câmeras digitais amadurecem, este número tende a significar cada vez menos – é fácil atolar uma câmera de megapixels, mas sem boa óptica e sensibilidade à luz, isto não significa que ela produzirá imagens limpas e de alta qualidade com resolução tão alta. O meu celular tira foto com 5 megapixels, mas as imagens parecem screenshots de alguma espécie tosca de programa de caça a fantasmas. A minha DSLR já tira a 10,1 megapixels, mas produz imagens com mais do dobro de nitidez e clareza que o meu telefone. A minha point-and-shoot tem taxa nominal de 12,1 megapixels, mas se olharmos com atenção, as suas imagens são efetivamente mais borradas que as da DSLR.


Se você estiver planejando fazer impressões enormes, ou se você precisa cortar bastante as suas imagens, um alto valor de megapixels é necessário, mas além de certo limite os retornos são mínimos. Você lerá muitas instruções dos fabricantes de câmeras sobre quantos megapixels você precisará para imprimir fotos de diferentes tamanhos, mas você pode ignorar tudo isso porque estes valores parecem mudar a cada geração de câmeras. A menos que você esteja imprimindo outdoors, ou em revistas e publicações do gênero, não se esquente muito com isso.
Além de indicar quantos pontos uma câmera é capaz de capturar, megapixels podem ser um indicador bastante útil de quão antigas podem ser as entranhas de uma câmera. O valor de megapixels tem aumentado de maneira relativamente constante ao longo dos anos, então dentro de uma linha de câmeras de um determinado fabricante, mais megapixels pode vir a significar sensores mais novos, o que pode, junto com alta resolução, tirar fotos mais ricas e com menos ruído.


ISO: isto indica quão rapidamente o sensor da sua câmera coleta luz – quanto maior o ISO, mais sensível é a sua câmera à luminosidade e de menos luz você precisa parar tirar uma foto. E apesar de alta capacidade de ISO ser bastante útil em baixa iluminação, este índice é também útil quando você está tirando exposições extremamente velozes durante o dia, como durante uma partida esportiva. No entanto, com ISOs mais altos, mais se tem ruído – algumas câmeras point-and-shoot anunciam ter ISOs extremamente altos, na casa dos 6400. Tomadas com esta sensibilidade invariavelmente ficarão uma merda. DSLRs, que possuem sensores maiores e são melhores na captação de luz, podem às vezes tirar fotos com ISO 6400 e até maior sem muito ruído.

Talvez ajude pensar da seguinte maneira: índices de ISO são na verdade uma alusão aos tempos de filme fotográfico. Você costumava ter que antecipar como você tiraria a sua foto e comprava o filme baseado na sensibilidade dele, indicado pelo “número de ASAs” (que nada tinha a ver com asas, mas como era a velocidade do filme, todo mundo achava que sim). Estes valores acabaram sendo transportados para as câmeras digitais, apesar do filme ter sido substituído por sensores.
De todo modo, não compre uma câmera somente por causa do seu índice ISO, porque existe uma boa chance de suas duas ou três maiores configurações serem completamente inúteis.

CCD e CMOS:
Existem dois grandes tipos de sensores de imagem para câmeras digitais e filmadoras: CCD (dispositivo de carga acoplada) e CMOS (semicondutor metal-óxido complementar, às vezes também conhecido como sensor de pixel). Nós não vamos entrar muito a fundo nas diferenças mais geek porque você realmente não precisa saber ou mesmo se importar com isso. O que você deve saber é que as SLRs de nível mais alto (as câmeras grandes com lentes removíveis) usam CMOS porque é mais fácil fazer sensores CMOS maiores; o os telefones móveis o fazem porque o CMOS usa menos energia. Dito isso, a maioria das câmeras point-and-shoot e a maioria das filmadoras usam o sensor CCD, que é mais comum.

As coisas estão um tanto diferentes agora e os CCDs são comuns nas DSLRs atualmente. A diferença para os consumidores é mínima – não se assuste de ver qualquer um deles nas especificações da sua câmera. ATUALIZAÇÃO: como disseram alguns leitores do post original, esta afirmação não está inteiramente correta: as DSLRs ainda contam mais com sensores CMOS, inclusive a maioria das câmeras mais potentes e recentes. De todo modo, ainda é mais um fato curioso do que um argumento de compra mesmo, pelo menos para a maior parte das pessoas.


Equilíbrio de branco: você já viu imagens em ambientes fechados que são total e inexplicavelmente laranjas? Isto é um problema de equilíbrio de branco. A sua câmera é capaz de ajustar-se para compensar diferentes temperaturas de cor – iluminação de tungstênio têm aquela tonalidade laranja, já a luz do Sol deixa as suas fotos azuladas – e corrigir a cor da sua imagem de acordo com a iluminação. Virtualmente todas as câmeras permitem que você ajuste o equilíbrio de branco com configurações já prontas, apesar de ser melhor você fazê-lo manualmente mesmo.

Tamanho de sensor e fator de corte: algumas câmeras possuem sensores que são aproximadamente do mesmo tamanho de filme 35mm, com 36x24mm. Estas são chamadas câmeras full frame. Elas tendem a ser mais caras – como as séries 5D e 1D da Canon, ou as D3 da Nikon – e seus corpos tendem a ser um pouco maiores. Basicamente equipamento profissional ou semiprofissional.
Por outro lado, sensores APS-C são o que tem em quase todas as DSLRs básicas. Estes sensores têm aproximadamente 22x15mm, o que é significativamente menor que o sensor de uma full frame. E por que isto importa? Sensores maiores proporcionam mais espaço para cada pixel, o que os torna melhores na captação de luz. No entanto, mais importante para os usuários de APS-C é o fator de corte. Um sensor menor captará uma seção menor do que vem pela lente, ou seja, uma lente de 200mm em uma DSLR full frame torna-se uma lente de 300mm em uma câmera APS-C, uma de 50mm torna-se uma de 75mm, etc. Logicamente, os fabricantes de câmeras fazem lentes específicas para APS-C que são projetadas para os sensores menores, mas os comprimentos focais relacionados não são ajustados – eles ainda são valores equivalentes aos de 35mm. Só fique atento porque toda lente tira fotos diferentes de um tipo de câmera para outro.




Óptica


Lentes removíveis: existem, em geral, dois tipos de lentes removíveis. As que afastam e aproximam a imagem, que são chamadas de lentes "zoom", e as que não se movem. Estas são chamadas de lentes "primes". Elas são todas classificadas pelo comprimento focal. Em termos mais estritos, o comprimento focal se refere à distância necessária para um sistema de lentes focar na luz. Em termos reais, o comprimento focal é aproximadamente correlacionado ao comprimento físico da lente e ajuda a indicar quanto uma lente amplia uma imagem. Um comprimento focal de 18mm em uma DSLR é considerado amplo, já 200mm ou mais seria considerado uma lente telefoto.




Lentes point-and-shoot e o Fator X: o segundo número mais divulgado do irritante rol de recursos da sua point-and-shoot é o fator de zoom. Ele será expresso como um número e um 'x' depois: 5x, 10x, etc. Você verá um alcance impresso, algo como 5.0-25mm, que descreve o comprimento focal da lente. Eis um truque: divida o maior dos comprimentos focais pelo menor. O resultado deve ser igual ao seu nível 'x' de zoom, porque, digamos, ele só indica isso mesmo: o quociente entre o comprimento máximo da lente e o comprimento mínimo.
Esta indicação é enganosa. Montada na mesma câmera, uma lente que aproxima de 50mm para 100mm seria chamada de lente 2x, enquanto uma lente que aproximasse de 18mm para 54mm seria chamada de lente 3x, mesmo que, na sua distância máxima, ela não desse zoom tão longe quanto a lente 50-100mm faz no seu nível mínimo. Leve esta equação em consideração quando estiver comparando point-and-shoots, mas o mais importante mesmo é testá-la. Você perceberá a diferença.



Obturador, velocidade de obturador e lag de obturador: o seu obturador é aquela portinha que se abre entre a sua lente e o seu sensor, permitindo a exposição fotográfica. As faixas de velocidade de obturador são propagandeadas com a intenção de querer dizer que a câmera será útil nas duas extremidades: da longa exposição de 10 segundos à tomada ultraveloz de 1/4000 segundo. Tenha em mente, para ambos os valores, que a velocidade do obturador por si só não garante nada. Se a sua câmera puder tirar fotos a 1/4000 segundo mas tiver uma abertura pequena e baixo índice ISO, as suas fotos provavelmente ficarão muito escuras.
Lag de obturador é totalmente outra coisa. Sabe quando você usa uma point-and-shoot e tem aquele retardo frustrante entre o momento que você aperta o botão e quando a foto de fato é tirada? É isso. Quanto menor o lag do obturador, melhor, apesar de muitos fabricantes de câmeras nem se importarem em anunciar este valor.


Abertura: este é o buraco pelo qual a luz passa após ter passado por parte da sua lente e antes de chegar ao seu sensor. Quanto maior a abertura, mais luz entra. Quanto menor a abertura, menos luz entra. Aberturas maiores permitem que você tire fotos em situações de baixa luminosidade, mas permitem que você foque em um plano fino – ou o seu fundo ou a frente da imagem ficará fora de foco. Aberturas menores permitem que você mantenha mais do cenário em foco, mas permitem que menos luz entre e requerem tempos de exposição maiores. As aberturas são descritas por f-números – são a razão entre a largura de uma abertura e o comprimento focal de uma lente. Quanto menor o número, maior a abertura.


Zoom digital vs. óptico: outro algoz do comprador de câmeras é o zoom digital. O óptico é a ampliação feita pela sua lente – em outras palavras, é o verdadeiro zoom. O zoom digital é apenas a sua câmera pegando uma imagem com zoom óptico e a ampliando, como você o faz no Photoshop. É útil apenas para colocar fotos em quadro em às vezes ajuda você a manter o foco adequado da sua câmera. Fora isso, é apenas uma besteirinha: ignore-o, tire fotos amplas e corte-as depois.


Estabilização de imagem, ou antitremedeira: a estabilização de imagem está rapidamente se tornando um recurso padrão até mesmo nas câmeras mais baratas, mas você consegue encontrar umas point-and-shoots abaixo de 150 dólares sem isso. A ideia da estabilização de imagem é corrigir os movimentos da sua câmera durante uma exposição, algo que gera tomadas borradas.

Existem dois tipos: a estabilização de imagem digital, que você encontrará em sua maioria nas point-and-shoots, corrige a imagem por software e pode ser relativamente eficaz, apesar de os resultdos serem apenas toleráveis, não perfeitos. A estabilização de imagem óptica fisicamente move parte da sua câmera para compensar a tremedeira. Em algumas câmeras, como Nikons e Canons, as partes móveis ficam nas lentes. Nas DSLRs da maioria dos demais fabricantes, é o sensor que de fato se move para estabilizar a imagem. A estabilização de imagem óptica quase sempre funciona melhor, mas não é mágica – você não conseguirá fotografar uma exposição de quatro segundos de constante movimentação só porque ela está ligada, mas você talvez consiga manter as coisas estáveis por meio segundo ou um pouco mais. existem, em geral, dois tipos de lentes removíveis. As que afastam e aproximam a imagem, que são chamadas de lentes "zoom", e as que não se movem. Estas são chamadas de lentes "primes". Elas são todas classificadas pelo comprimento focal. Em termos mais estritos, o comprimento focal se refere à distância necessária para um sistema de lentes focar na luz. Em termos reais, o comprimento focal é aproximadamente correlacionado ao comprimento físico da lente e ajuda a indicar quanto uma lente amplia uma imagem. Um comprimento focal de 18mm em uma DSLR é considerado amplo, já 200mm ou mais seria considerado uma lente telefoto.



Software

Modos, Detecção de Rosto, Detecção de Sorriso: os modos da sua câmera são ferramentas de assistência, não recursos reais. Eles são geralmente apenas seleções para configurações que você pode ajustar sozinho, como as opções pré-prontas de equalizador do seu iPod. Elas podem ser úteis, mas você será um fotógrafo melhor se mexer você mesmo nas suas configurações.

Novamente, a detecção de rosto e sorriso são como muletas. A detecção de rosto adivinha quando há um humano na foto para que a câmera possa ajustar exposição, equilíbrio de branco e foco de forma que o tal humano não saia borrado. A detecção de sorriso é um algoritmo meio cru que mede as expressões faciais e não tira foto até os objetivos serem julgados como estando SUFICIENTEMENTE CONTENTES, ou seja, até eles terem bocas vagamente em formato de crescente. É uma boa maneira de certificar-se de que ninguém arruinará uma foto com uma careta. Além disso, ajuda a garantir que nenhuma das suas fotos será interessante.

Formatos de imagem: a sua câmera digital não possui filme, mas as suas fotos precisam ir para algum lugar. Nas câmeras de hoje, as fotos armazenadas digitalmente ficam ou em arquivos JPEG ou RAW. Arquivos JPEG são compactados, o que significa que eles são codificados de maneira a não ocuparem muito espaço, mas perdem uma pequena quantidade de qualidade. É assim que quase sempre as point-and-shoot armazenam as imagens e também geralmente como as DSLRs armazenam suas imagens por default.

Se os JPEGs são como impressões de fotos (não são, mas acompanhe o raciocínio), então arquivos RAW são como os negativos digitais (na verdade, um popular formato RAW, o .DNG, basicamente significa "digital negative", ou negativo digital). Arquivos RAW contêm quase exatamente o que o seu sensor registrou, o que significa que você pode alterar valores como exposição, equilíbrio de branco e coloração depois de tirar a foto, até um certo nível surpreendentemente alto. Parece até trapaça! Mas tem um ponto negativo: arquivos de imagens maiores. E, dependendo do tipo de arquivo RAW – diferentes fabricantes de câmeras possuem diferentes tipos – você pode vir a precisar de um software especial para visualizar e editar as suas fotos. Tire em RAW sempre que puder e compre uma câmera que permita que você o faça.

Trata-se de um enorme recurso.
Como bônus, a maioria das câmeras que grava em RAW também permite que você grave arquivos RAW e JPEG simultaneamente, assim você terá um arquivo leve e pronto para imprimir ou baixar pro computador, além de uma fonte RAW para edição posterior. Precisa de uma tonelada de espaço, mas poxa, espaço é barato atualmente. Gaste uma graninha em um cartão de memória um pouquinho maior e viva a sua vida.


Vídeo: a maior parte das novas câmeras, inclusive algumas DSLRs, grava vídeo. Mas só porque a sua câmera tira instantâneos com 10 megapixels não significa que ela gravará nem remotamente perto desta resolução algo em movimnto. A resolução padrão para a maioria das câmeras point-and-shoot é VGA – isto dá apenas 640x480 pixels de vídeo, o que é suficientemente bom para YouTube – enquanto DSLRs e algumas point-and-shoots melhorzinhas filmam em 720p ou em 1080p, que já são resoluções HD, traduzindo-se, respectivamente em 1280x720 pixels e 1920x1080 pixels.



Armazenagem


Câmeras point-and-shoot geralmente vêm com uma pequena quantidade de armazenagem onboard. Tenho certeza absoluta de que isto é para que a sua câmera tecnicamente funciona assim que você a compra, fazendo com que a inevitável compra de espaço extra de armazenagem pareça ser apenas uma questão de opção e menos uma questão de taxa obrigatória. De todo modo, com qualquer câmera você precisará comprar alguma memória, ou espaço de armazenagem.

Ainda existem alguns formatos periféricos de cartão memória perambulando por aí (Sony, você poderia encarecidamente acabar de vez com a vida miserável do Memory Stick Pro? Valeu!), mas apenas dois importam.

SD: também visto como SDHC, ou SDXC, estes carinhas são o cartão a se escolher para câmeras point-and-shoot and 'bridge', e também em algumas DSLRs mais recentes. Eles são pequenos, funcionam bem e existem em praticamente qualquer capacidade que você poderia querer. Quase. A maioria das câmeras é compatível apenas com o SDHC, um padrão que tem como capacidade máxima 32GB. Já o SDXC, a próxima evolução do padrão SD, tem um máximo teórico de 2TB. No entanto, praticamente nenhuma câmera suporta este formato ainda.

Compact Flash: estes cartões são mais volumosos, podem vir a ser mais rápidos e são mais duráveis, além de comicamente menos propensos a sofrer danos devido a temperatura e condições climáticas. São estes que você encontrará em DSLRs.


Taxas de velocidade: os cartões de memória vêm em diferentes velocidades. Estas são anunciadas de inúmeras maneiras diferentes, mas por nenhum motivo aparente. Você verá um par de números na maioria dos cartões, na sintaxe "133x". Ignore-os – eles são inflados, desregulados e, portanto, basicamente sem sentido. O que você deve buscar nos cartões SD é a sua Classe, de 1-6.