
A história de Rui é bastante comum. Problemas com reprodução desautorizada de fotos sempre foram recorrentes para fotógrafos profissionais e experts de várias partes do Brasil. No entanto, a internet e a possibilidade de disponibilizar imagens em sites, blogs e imagens virtuais têm gerado novas questões com relação aos direitos autorais aplicados a obras fotográficas. "As pessoas acham que só porque as fotos estão todas ali na internet podem fazer o que quiser", reclama Rui Redenze. "A internet é só mais uma mídia de publicação. Então as questões legais de publicação continuam a valer neste espaço", afirma o fotógrafo Rinaldo Morelli, presidente da Afoto - Associação de Fotógrafos de Brasília (DF), criada em março deste ano com o objetivo de ampliar a visibilidade da fotografia da capital federal e lutar na área de direitos autorais.
O advogado Eduardo Lycurgo, que atua há 12 anos na área dos direitos autorais, esclarece que apesar de a fotografia digital ter trazido desafios quanto a reprodução de foto, isso não significa que a lei deva sofrer mudanças drásticas. A lei autoral consegue se aplicar hoje de forma satisfatória, pois previa um desenvolvimento tecnológico e deixou em aberto os meios para a reprodução da obra. Segundo o artigo 29, "depende da autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra por quaisquer modalidadesm tais como (...) ou quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
Um dos aspectos que se transformaram com a chegada da tecnologia digital é o fato de ter se tornado difícil, quando não impossível, diferenciar o original da cópia. A capacidade de reprodução da imagem digital é infinita e as cópias são autênticas ao original, sem perder em qualidade. Os arquivos digitais também são extremamente maleáveis e pemitem que manipulações sejam feitas sem deixar vestígios.
Um outro sério problema enfrentado com o desenvolvimento da internet é o das chamadas "obras órfãs", disponibilizadas na rede sem o reconhecimento expresso da autoria. Atualmente alguns países entendem que a reprodução de "obras órfãs" não viola os direitos autorais porque o autor não é identificado. No Brasil isso ainda não acontece.
Para diminuir possíveis equívocos com relação ao autor, Eduardo Lycurgo indica que os fotógrafos usem marca d'água visível sobre a imagem e o símbolo do copyright com o nome e a data. Além disso é importante publicar a foto com baixa resolução. "O público poderá salvar a imagem, mas não conseguirá reproduzir. Assim o fotógrafo divulga seu trabalho e evita que ele seja usado indevidamente". Quem quiser mais informações sobre Direitos Autorais pode acessar: http://www.brasilmarcasepatentes.com.br/fototgrafia.htm
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