quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Francês fotografa silhueta de Estação Espacial contra o Sol


Um fotógrafo conseguiu capturar em solo terrestre uma imagem da silhueta da Estação Espacial Internacional (ISS), com o ônibus espacial Endeavour acoplado, passando em frente ao Sol no último domingo.
O autor da imagem é o francês Thierry Legault, que fotografou a inusitada cena utilizando apenas uma câmera-telescópio e filtros especiais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Destaque



Carlos Hauck, 29 anos, descobriu o que queria no quinto período da faculdade. Dentre as matérias que iria cursar uma delas era fotografia. Confessa que tudo mudou no momento em que viu duas fotos de longa exposição: uma de um céu estrelado e outra de uma rodovia à noite. Naquele momento sua percepção sobre fotografia mudou completamente. Até então, fotografar para ele se resumia a apenas apertar um botão. Não via mágica no ato, não entendia. Ainda que no fundo já gostasse de apreciar fotos.
Mesmo assim, pensava em comprar uma câmera de nível semiprofissional, mas não estava disposto a investir um bom dinheiro nisso. Mal sabia ele que o destino já estava meio que traçado para facilitar a aquisição da câmera. Assim que terminou o semestre da faculdade, foi trabalhar na Califórnia nos Estados Unidos. Com o dinheiro que estava ganhando, pagar mil dólares numa câmera passou a ser viável. Foi o começo na fotografia.
Voltou para o Brasil em 2005, quando fotografava havia cerca de um ano e meio. Conheceu então a revista Ragga, de Belo Horizonte (MG), sua cidade natal, que acabara de ser lançada no mercado. Carlos Hauck decidiu mandar um e-mail para o pessoal da revista. Em menos de meia hora, recebeu o telefonema de um dos diretores pedindo para que desse uma passada por lá. E a partir daí, o hobby foi virando profissão. Está na revista até hoje.
Para conhecer melhor sua obra: www.olhares.com/CarlosHauck

Direitos Autorais

Ao voltar de uma exposição em Piatã (BA), o fotógrafo especializado em Chapada Diamantina, Rui Dezende, parou na prefeitura de Ibicoara (BA) e, por curiosidade, abriu um guia telefônico que estava em uma mesa. Viu que fotos tiradas por ele foram usadas como propaganda de prefeituras da região. As imagens foram retiradas de seu site e continham inclusive a marca d'água com o nome do fotógrafo. Ninguém teve ao menos, a gentileza de avisá-lo.
A história de Rui é bastante comum. Problemas com reprodução desautorizada de fotos sempre foram recorrentes para fotógrafos profissionais e experts de várias partes do Brasil. No entanto, a internet e a possibilidade de disponibilizar imagens em sites, blogs e imagens virtuais têm gerado novas questões com relação aos direitos autorais aplicados a obras fotográficas. "As pessoas acham que só porque as fotos estão todas ali na internet podem fazer o que quiser", reclama Rui Redenze. "A internet é só mais uma mídia de publicação. Então as questões legais de publicação continuam a valer neste espaço", afirma o fotógrafo Rinaldo Morelli, presidente da Afoto - Associação de Fotógrafos de Brasília (DF), criada em março deste ano com o objetivo de ampliar a visibilidade da fotografia da capital federal e lutar na área de direitos autorais.
O advogado Eduardo Lycurgo, que atua há 12 anos na área dos direitos autorais, esclarece que apesar de a fotografia digital ter trazido desafios quanto a reprodução de foto, isso não significa que a lei deva sofrer mudanças drásticas. A lei autoral consegue se aplicar hoje de forma satisfatória, pois previa um desenvolvimento tecnológico e deixou em aberto os meios para a reprodução da obra. Segundo o artigo 29, "depende da autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra por quaisquer modalidadesm tais como (...) ou quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
Um dos aspectos que se transformaram com a chegada da tecnologia digital é o fato de ter se tornado difícil, quando não impossível, diferenciar o original da cópia. A capacidade de reprodução da imagem digital é infinita e as cópias são autênticas ao original, sem perder em qualidade. Os arquivos digitais também são extremamente maleáveis e pemitem que manipulações sejam feitas sem deixar vestígios.
Um outro sério problema enfrentado com o desenvolvimento da internet é o das chamadas "obras órfãs", disponibilizadas na rede sem o reconhecimento expresso da autoria. Atualmente alguns países entendem que a reprodução de "obras órfãs" não viola os direitos autorais porque o autor não é identificado. No Brasil isso ainda não acontece.
Para diminuir possíveis equívocos com relação ao autor, Eduardo Lycurgo indica que os fotógrafos usem marca d'água visível sobre a imagem e o símbolo do copyright com o nome e a data. Além disso é importante publicar a foto com baixa resolução. "O público poderá salvar a imagem, mas não conseguirá reproduzir. Assim o fotógrafo divulga seu trabalho e evita que ele seja usado indevidamente". Quem quiser mais informações sobre Direitos Autorais pode acessar: http://www.brasilmarcasepatentes.com.br/fototgrafia.htm

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Hyperphotos – fotografias panorâmicas surreais



Jean-François Rauzier é um fotógrafo françês que desenvolveu uma técnica para criar o que ele tem chamado de “Hyperfotos“, que são panorâmicas que podem ser impressas em uma tamanho de até 30′ x 10′ metros. O quebra-cabeças é montado a partir de centenas de fotografias.
Rauzier diz que tentou usar outros softwares, mas somente com o Photoshop ele foi capaz de trabalhar com imagens de 30 a 40GB. As imagens podem ser vistas em seu site, via Flash.
Vale a pena escolher uma imagem e esperar ela carregar. As imagens não são exatamente reais, elas estão mais para o surrealismo. Recomendo tentar encontrar uma abelha na foto Commémoration.
O site Photografie possui uma longa matéria sobre o trabalho do fotógrafo. Quem quiser conferir acesse http://www.photographie.com/?pubid=103628. O site está em francês.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O retrato fotográfico

(Foto: Louis Compte, Rio de Janeiro - 1840. Primeiro daguerreótipo tirado na América do Sul)
Antes da fotografia, o retrato pictórico era indício de classe social e praticamente uma exclusividade da aristocracia. Com a invenção do daguerreótipo em 1838, por Louis Jacques Daguerre (1787 - 1851), o retrato fotográfico ficou mais acessível àqueles que até então somente poderiam tê-lo em miniatura, pintados por artesãos em linhas duras e sem variantes tonais, ou em silhueta e mesmo em fisionotraço (imagem mecânica obtida a partir do desenho dos contornos do rosto transposto para uma gravura em metal).
Ao contrário do elitista daguerreótipo que se caracteriza por não ser copiável, os processos que permitiam a reprodução das matrizes, tais como o colódio (negativos em papel) e o colódio (solução que adere à materiais como vidro e metal); conhecidos também como ambrótipo e ferrótipo, respectivamente – tornaram possível a popularização do retrato fotográfico e a difusão da fotografia comercial.
Foi em 1854, com a invenção do formato cartão de visita pelo fotógrafo francês André Disdéri (1819-1889) que o retrato fotográfico se tornou dominante. Com a possibilidade de ter até 12 cópias de uma só tomada, o retrato baixou sensivelmente de preço e se tornou uma das mercadorias mais comercializadas no século 19, só encontrando concorrência no gosto público na estereoscopia, que foi utilizada principalmente para as cenas urbanas e de paisagens.
Com a ampla popularização do retrato por meio da invenção de Disdéri, um fenômeno correlato se desenvolveu: os retratos confeccionados como cartões visita viraram objetos colecionáveis exibidos em álbuns. As imagens das celebridades da época que ocupavam o segmento político, artístico ou econômico, podiam ser adquiridas em lojas, ou pelo correio e se tornaram tão próximas como os familiares e amigos que compunham os álbuns da classe média.
O retrato fotográfico propiciou uma falsa aproximação entre pessoas públicas e as massas populares, na medida em que todos eram iguais nas páginas de seus álbuns, bem como permitiu a aproximação de pessoas caras umas às outras, e que durante essa época transitavam do campo para as cidades, ou de um país para o outro.