sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Criatividade


Pássaros descansando em fios elétricos em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, davam a idéia de uma partitura musical. Esta foi a foto que o repórter fotográfico Paulo Pinto publicou no dia 27/08/2009, na contracapa do caderno Metrópole do ‘Estado’.
Vendo a foto no jornal, o publicitário e músico Jarbas Agnelli teve a idéia de materializar o que a imagem sugeria e assim a foto virou música. Os pássaros viraram foto, que por sua vez virou música e a notícia atravessou o mundo por meio da internet.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fotografia inspirada em cenas de crime


A fotógrafa americana Melanie Pullen tem um trabalho singular. Inspirada nas fotos de cenas de crime do começo do século passado, mais exatamente no livro Evidence em que Luc Sante, compilou fotos de 1914 a 1919 do Departamento de Policia de Nova York. Malanie desenvolveu um trabalho de recriação do ambiente e da época, mas com modelos vestidos com roupas e acessórios de marcas como Prada, Bvlgari, Gucci e Chanel. O resultado são imagens que lembram algumas das campanhas mais ousadas do mundo da moda.
Nascida em Nova York mas radicada em Los Angeles, ela publicou um livro com as imagens entitulado High Fashion Crime Scenes e fez uma exposição na Galeria Stephen Wirtz em São Francisco.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Onde você se encaixa no ranking esnobe da fotografia profissional?


1. Fotógrafo de Guerra - quanto maior o enxarpe ou cachecól envolto no pescoço, mais importante você é. É como se fosse uma medalha de honra. Fotógrafos de guerra são tratados como heróis, independente da qualidade de suas imagens. Não é o que eles mostram o que importa, mas as dificuldades que passam para tirar as fotos. Vale lembrar: fotógrafos de guerra até serão mais respeitados, deus me livre! se forem atingidos ou mortos durante o trabalho. E a chance de ganhar status de lenda é quase automática.

2. Fotógrafo Fine Art - é o seu caso se o seu trabalho parece carregar uma mensagem secreta que quase ninguém entende. Ou quem sabe fotografa imagens perturbadoras. Melhor ainda se fizer as duas coisas. Quanto mais títulos academicos tiver, melhor, o mesmo vale para prêmios que ganhou (até os que ninguém conhece). Estará sempre no topo da lista dos esnobes. Ajuda também se tiver publicado livros, feito exposições e dado palestras com frequência.

3. Fotógrafo Documentarista - vale mesmo que seja só uma foto de uma criança morrendo na África. Aliás vale muito. Melhor ainda se usar recusos multimídia para apresentar as fotos. Um fotógrafo ruim desse nicho vale 20 vezes mais do que o melhor fotógrafo de celebridades, daqueles que ficam no tapete vermelho.

4. Fotógrafos de Capa de Revista - Não importa o quanto o produto final foi muito retocado. Esse fotógrafo geralmente figura entre as celebridades, o que ajuda na hora de bater aquele papo ou fazer conexões. Aqui ser um bom fotógrafo é irrelevante. O que conta é quem você conhece.

5. Fotógrafo Corporativo - veja que estamos descendo no ranking agora. Mas tirar fotos de presidentes, advogados e executivos traz respeitabilidade. Quanto mais você atua nessa área, mais será respeitado. Não por causa do seu talento, mas pelo simples fato de que você conseguiu se manter nesse mercado por tanto tempo.

6. Fotógrafo de Banco de Imagens - a inclinação do nariz para cima é proporcional à impotância do profissional dessa área.

7. Fotógrafo de Esportes - é um trabalho duro, mas alguém tem que fazer.

8. Fotógrafo de Casamento - tão plebeu.

9. Fotógrafo de Celebridades - se você atua no círculo das celebridades todos dirão que fotografar celebridades é o que dá dinheiro e vende hoje em dia. É considerada pelos esnobes da fotografia uma subarte, um trabalho menor. Fotógrafos de celebridades são ignorados em festivais de fotografia, feiras, museus e até mesmo oficinas. Algo como aquela pessoa da família que você não quer apresentar para ninguém.

10. Paparazzi - a escória da humanidade, certo? Como eles ousam fotografar pessoas sem autorização? Claro, fotógrafos de documentários também invadem a privacidade das pessoas, não é? Só que ao menos os fotógrafos documentaristas trabalham na África, Afeganistão e não em Hollywood.

11. Amadores e fotógrafos de Bico - como se atrevem a entrar nessa lista? Vale o lembrete: a posição do fotógrafo nesse ranking tem pouco ou nada a ver com talento. Até porque muitos dos "melhores" fotógrafos dos dias de hoje não tiram fotos e tem assistentes fazendo o trabalho para eles.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Francês fotografa silhueta de Estação Espacial contra o Sol


Um fotógrafo conseguiu capturar em solo terrestre uma imagem da silhueta da Estação Espacial Internacional (ISS), com o ônibus espacial Endeavour acoplado, passando em frente ao Sol no último domingo.
O autor da imagem é o francês Thierry Legault, que fotografou a inusitada cena utilizando apenas uma câmera-telescópio e filtros especiais.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Destaque



Carlos Hauck, 29 anos, descobriu o que queria no quinto período da faculdade. Dentre as matérias que iria cursar uma delas era fotografia. Confessa que tudo mudou no momento em que viu duas fotos de longa exposição: uma de um céu estrelado e outra de uma rodovia à noite. Naquele momento sua percepção sobre fotografia mudou completamente. Até então, fotografar para ele se resumia a apenas apertar um botão. Não via mágica no ato, não entendia. Ainda que no fundo já gostasse de apreciar fotos.
Mesmo assim, pensava em comprar uma câmera de nível semiprofissional, mas não estava disposto a investir um bom dinheiro nisso. Mal sabia ele que o destino já estava meio que traçado para facilitar a aquisição da câmera. Assim que terminou o semestre da faculdade, foi trabalhar na Califórnia nos Estados Unidos. Com o dinheiro que estava ganhando, pagar mil dólares numa câmera passou a ser viável. Foi o começo na fotografia.
Voltou para o Brasil em 2005, quando fotografava havia cerca de um ano e meio. Conheceu então a revista Ragga, de Belo Horizonte (MG), sua cidade natal, que acabara de ser lançada no mercado. Carlos Hauck decidiu mandar um e-mail para o pessoal da revista. Em menos de meia hora, recebeu o telefonema de um dos diretores pedindo para que desse uma passada por lá. E a partir daí, o hobby foi virando profissão. Está na revista até hoje.
Para conhecer melhor sua obra: www.olhares.com/CarlosHauck

Direitos Autorais

Ao voltar de uma exposição em Piatã (BA), o fotógrafo especializado em Chapada Diamantina, Rui Dezende, parou na prefeitura de Ibicoara (BA) e, por curiosidade, abriu um guia telefônico que estava em uma mesa. Viu que fotos tiradas por ele foram usadas como propaganda de prefeituras da região. As imagens foram retiradas de seu site e continham inclusive a marca d'água com o nome do fotógrafo. Ninguém teve ao menos, a gentileza de avisá-lo.
A história de Rui é bastante comum. Problemas com reprodução desautorizada de fotos sempre foram recorrentes para fotógrafos profissionais e experts de várias partes do Brasil. No entanto, a internet e a possibilidade de disponibilizar imagens em sites, blogs e imagens virtuais têm gerado novas questões com relação aos direitos autorais aplicados a obras fotográficas. "As pessoas acham que só porque as fotos estão todas ali na internet podem fazer o que quiser", reclama Rui Redenze. "A internet é só mais uma mídia de publicação. Então as questões legais de publicação continuam a valer neste espaço", afirma o fotógrafo Rinaldo Morelli, presidente da Afoto - Associação de Fotógrafos de Brasília (DF), criada em março deste ano com o objetivo de ampliar a visibilidade da fotografia da capital federal e lutar na área de direitos autorais.
O advogado Eduardo Lycurgo, que atua há 12 anos na área dos direitos autorais, esclarece que apesar de a fotografia digital ter trazido desafios quanto a reprodução de foto, isso não significa que a lei deva sofrer mudanças drásticas. A lei autoral consegue se aplicar hoje de forma satisfatória, pois previa um desenvolvimento tecnológico e deixou em aberto os meios para a reprodução da obra. Segundo o artigo 29, "depende da autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra por quaisquer modalidadesm tais como (...) ou quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
Um dos aspectos que se transformaram com a chegada da tecnologia digital é o fato de ter se tornado difícil, quando não impossível, diferenciar o original da cópia. A capacidade de reprodução da imagem digital é infinita e as cópias são autênticas ao original, sem perder em qualidade. Os arquivos digitais também são extremamente maleáveis e pemitem que manipulações sejam feitas sem deixar vestígios.
Um outro sério problema enfrentado com o desenvolvimento da internet é o das chamadas "obras órfãs", disponibilizadas na rede sem o reconhecimento expresso da autoria. Atualmente alguns países entendem que a reprodução de "obras órfãs" não viola os direitos autorais porque o autor não é identificado. No Brasil isso ainda não acontece.
Para diminuir possíveis equívocos com relação ao autor, Eduardo Lycurgo indica que os fotógrafos usem marca d'água visível sobre a imagem e o símbolo do copyright com o nome e a data. Além disso é importante publicar a foto com baixa resolução. "O público poderá salvar a imagem, mas não conseguirá reproduzir. Assim o fotógrafo divulga seu trabalho e evita que ele seja usado indevidamente". Quem quiser mais informações sobre Direitos Autorais pode acessar: http://www.brasilmarcasepatentes.com.br/fototgrafia.htm

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Hyperphotos – fotografias panorâmicas surreais



Jean-François Rauzier é um fotógrafo françês que desenvolveu uma técnica para criar o que ele tem chamado de “Hyperfotos“, que são panorâmicas que podem ser impressas em uma tamanho de até 30′ x 10′ metros. O quebra-cabeças é montado a partir de centenas de fotografias.
Rauzier diz que tentou usar outros softwares, mas somente com o Photoshop ele foi capaz de trabalhar com imagens de 30 a 40GB. As imagens podem ser vistas em seu site, via Flash.
Vale a pena escolher uma imagem e esperar ela carregar. As imagens não são exatamente reais, elas estão mais para o surrealismo. Recomendo tentar encontrar uma abelha na foto Commémoration.
O site Photografie possui uma longa matéria sobre o trabalho do fotógrafo. Quem quiser conferir acesse http://www.photographie.com/?pubid=103628. O site está em francês.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O retrato fotográfico

(Foto: Louis Compte, Rio de Janeiro - 1840. Primeiro daguerreótipo tirado na América do Sul)
Antes da fotografia, o retrato pictórico era indício de classe social e praticamente uma exclusividade da aristocracia. Com a invenção do daguerreótipo em 1838, por Louis Jacques Daguerre (1787 - 1851), o retrato fotográfico ficou mais acessível àqueles que até então somente poderiam tê-lo em miniatura, pintados por artesãos em linhas duras e sem variantes tonais, ou em silhueta e mesmo em fisionotraço (imagem mecânica obtida a partir do desenho dos contornos do rosto transposto para uma gravura em metal).
Ao contrário do elitista daguerreótipo que se caracteriza por não ser copiável, os processos que permitiam a reprodução das matrizes, tais como o colódio (negativos em papel) e o colódio (solução que adere à materiais como vidro e metal); conhecidos também como ambrótipo e ferrótipo, respectivamente – tornaram possível a popularização do retrato fotográfico e a difusão da fotografia comercial.
Foi em 1854, com a invenção do formato cartão de visita pelo fotógrafo francês André Disdéri (1819-1889) que o retrato fotográfico se tornou dominante. Com a possibilidade de ter até 12 cópias de uma só tomada, o retrato baixou sensivelmente de preço e se tornou uma das mercadorias mais comercializadas no século 19, só encontrando concorrência no gosto público na estereoscopia, que foi utilizada principalmente para as cenas urbanas e de paisagens.
Com a ampla popularização do retrato por meio da invenção de Disdéri, um fenômeno correlato se desenvolveu: os retratos confeccionados como cartões visita viraram objetos colecionáveis exibidos em álbuns. As imagens das celebridades da época que ocupavam o segmento político, artístico ou econômico, podiam ser adquiridas em lojas, ou pelo correio e se tornaram tão próximas como os familiares e amigos que compunham os álbuns da classe média.
O retrato fotográfico propiciou uma falsa aproximação entre pessoas públicas e as massas populares, na medida em que todos eram iguais nas páginas de seus álbuns, bem como permitiu a aproximação de pessoas caras umas às outras, e que durante essa época transitavam do campo para as cidades, ou de um país para o outro.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Serviço on-line para fotojornalistas

A empresa de internet liveBooks, Inc. (www.livebooks.com) desenvolveu um novo serviço, o liveBooks Photojournalism. Trata-se de um template de uma página de internet voltado para fotojornalistas, feito em parceria com dois grandes grupos da área de fotojornalismo: FiftyCrows e National Geographic. Depois será estendido para outros oitos grandes grupos em todo o mundo. A intenção é facilitar a vida de fotógrafos que atuam na área e querem visibilidade. São layouts de páginas que dão mais destaque às imagem. Os fotógrados atualizam seus àlbuns on-line com recursos simples de arraste e solte.
O serviço visa simplicidade também nas atualizações de vídeo, música e slide show. Mas há outros serviços de marketing on-line para divulgar a página do profissional.
Outra novidade será uma comunidade para fotojornalistas com entrevistas, dicas de negócios, notícias da indústria, técnicas e avaliações de trabalho em campo. http://pj.livebooks.com.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PHOTOIMAGEBRASIL 2009


A CECADI, recentemente participou da maior feira anual de fotografia da América Latina, a PHOTOIMAGEBRAZIL. Este ano, a 17ª edição, foi realizada entre dos dias 11 a 13 de agosto, na cidade de São Paulo e reuniu mais de 26 mil visitantes.
A feira, é dirigida aos profissionais da imagem, que querem agregar valor ao seu negócio e aumentar sua rentabilidade. Ela conta com pequenas, médias e grandes empresas e futuros empresários do setor que buscam tecnologia, serviços, soluções, informações, ou contato face a face com seus fornecedores.
Marcas de forte atuação no Brasil, como Sony, Panasonic, Canon e Nikon, aproveitaram a feira para apresentar seus lançamentos para o público brasileiro. Dentre eles, a Samsung, com seu novo modelo ST1000 que permite conexões sem fio com o computador. E a Fujifilm FinePix Real 3D W1, a primeira câmera digital do mercado com tecnologia de imagem real em três dimensões.
Ainda, a PHOTOIMAGEBRAZIL contou com palestras e workshops. Como o australiano Macus Bell que debateu tendências da cobertura de casamentos. O norte-americano Mark Seligenr que trabalhou por 10 anos como editor de fotografia da revista Rolling Stones contou sua trajetória na fotografia e no cinema. E o suíço Rainer Bauer que abordou sobre o mercado de impressão fine art digital.
Valeu a pena ter conferido!