segunda-feira, 11 de abril de 2011

A GUERRA FRIA DAS DSLR



Ja é um fato que a fotografia digital não tem mais volta e é ainda mais certo que os equipamentos que os fotógrafos utilizam, ou seja as cãmeras, estão cada vez surpreendendo mais os profissionais, com novos recursos voltados exclusivamente para a fotografia propriamente dita ou até para uma área "parceira", a cinegrafia. Essa evolução não aconteceu por acaso, num piscar de olhos. Na verdade, houve, e ainda há por parte de algumas pessoas, um preconceito muito grande quando o assunto é fotografia digital. De acordo com elas, a fotografia perdeu o charme e a tradição quando foi trocado o bom e velho filme por um sensor digital. Mas o fato está consumado e, com toda certeza, todos os grandes fotógrafos da atualidade aderiram aos meios digitais, pelo simples fato de essa evolução ter trazido diversos benefícios a todos. No quesito equipamentos fotográficos, na época do analógico, havia grandes nomes que ditavam o ritmo da evolução tecnológica. Essas grandes marcas também evoluíram e mesmo na era digital elas ainda predominam. Estão lá pelo simples sinônimo de qualidade em tudo que representam. Mas, apesar de serem os nomes mais populares, quando o assunto são câmeras digitais, não foram exatamente as fabricantes Canon ou Nikon que iniciaram toda a revolução. Esse foi um papel, muito bem representado por sinal, pela Kodak, muito famosa até então pelos filmes que abasteciam as câmeras analógicas, ainda no século passado. A Kodak, especializada em filmes, papéis fotográficos e câmeras com foco fixo, foi a pioneira no lançamento da SLR (single lens reflex) digital no mercado, com um sensor batizado de DCS, enquanto as grandes marcas, Sony, Canon e Nikon, estavam engatinhando no lançamento das digitais compactas. Mesmo sem possuir qualquer know-how na produção de câmeras reflex, em 1991 a Kodak teve a genial ideia de utilizar do corpo da concorrente e integrar um sensor de 1 megapixel, custando cerca de 25 mil dólares. Um ano após esse lançamento, a Kodak inovou novamente, com a introdução de uma nova câmera. O mercado pôde presenciar a mais nova "DSLR" (digital single lens reflex), que, apesar de ser também uma adaptação de um corpo da concorrente (Nikon F90), não deixou nada a desejar. A grande evolução está no uso de um produto desenvolvido por eles mesmos, um back digital produzido com um total de 6 megapixels, um enorme avanço para a época .Nesse período de transição, ainda não era possível dizer que havia DSLRs no mercado. Elas não passavam de adaptações de corpos já existentes e sensores acoplados. As reais reflex digitais eram somente experimentos científicos, com uma produção muito limitada a determinados eventos. Mas, em meados de 1995, a Nikon introduziu no mercado o que ela dizia ser a evolução. Chamada de Nikon E2, não era exatamente uma obra-prima, e eles mesmo diziam que não era muito prática de manusear. Porém, apesar de ser uma adaptação de um corpo Fuji com centenas de componentes eletrônicos, era possível comprar essa beleza de 1.3 megapixel por "apenas" 20 mil dólares. Hoje é possível encontrla por aproximadamente US $ 200 no mercado. Outros modelos foram lançados, outras tentaivas de evolução foram assumidas, mas em 1999 a Nikon recelou a primeira DSLR de uso prático no mundo, batizada de Nikon D1.


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